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EI destrói parte do templo mais importante de Palmira, na Síria

Templo de Bel foi parcialmente destruído pelos jihadistas no domingo com o uso de explosivos; é o segundo templo considerado patrimônio da humanidade destruído neste mês na cidade

Atualização:

DAMASCO - Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) destruíram uma parte do templo de Bel, considerado o mais importante da antiga cidade de Palmira na Síria, informaram nesta segunda-feira, 31, uma ONG e militantes.

Em 23 de agosto, os jihadistas, que ocupam amplas regiões do país em guerra civil, destruíram o templo de Baal, o segundo mais importante de Palmira de acordo com o Museu do Louvre em Paris.

Imagem do templo de Bel em março de 2014, antes do EI dominar a região síria; grupo destruiu parcialmente o templo no domingo, 30 Foto: AFP PHOTO/JOSEPH EID

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A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que os extremistas colocaram explosivos no domingo, 30, dentro do templo de Bel e destruíram parcialmente o edifício, dedicado à deidade suprema Babilônia e cujo teto, já desaparecido, era originalmente recoberto de ouro.

Mohamed Hasan Homsi, um militante de Palmira, também afirmou que o templo foi destruído parcialmente. "Utilizaram recipientes e barris repletos de explosivos, preparados com antecedência", afirmou.

O diretor-geral de Antiguidades e de Museus da Síria, Maamun Abdelkarim, afirmou que não tinha condições de confirmar a informação. "Sempre circulam este tipo de rumores sobre as ruínas, mas temos que ter cuidado com as informações", disse Abdelkarim, que confirmou a destruição do templo de Baal.

Palmira, que fica na Província de Homs, região central da Síria, é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco. A cidade é considerada uma relíquia única do século I a.C. e uma peça-mestre da arquitetura e do urbanismo romano pelas colunas de sua famosa rua principal e por seus templos, entre eles o de Baal.

Veja o templo sírio destruído pelo EI:

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Esta cidade foi nos séculos I e II d.C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria. 

A localidade foi conquistada em maio pelo EI, que destruiu várias joias arqueológicas no Iraque, país vizinho da Síria, no qual também ocupa amplas faixas de território. Depois assumir o controle de Palmira, o EI espalhou minas em junho na cidade antiga e executou mais de 200 pessoas. / AFP, EFE e REUTERS

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