22 de agosto de 2009 | 10h13
As eleições presidenciais e provinciais realizadas no Afeganistão na quinta-feira, 20, foram, no geral, corretas, embora não tenham sido livres em todas as partes do país em razão de ameaças do Taleban, avaliou o chefe da missão de observação da União Europeia (UE), Philippe Morillon.
"As eleições não foram livres em algumas partes do país devido ao terror em vigor (nessas regiões)", afirmou o chefe da missão, em entrevista concedida em Cabul. "O que vimos, no geral, foi considerado bom e equitativo por nossos observadores e com nossa metodologia", analisou Morillon, ressalvando que ainda não estava totalmente pronto para emitir uma avaliação definitiva sobre as eleições."Podemos decidir que é uma vitória, uma vitória para o povo afegão", comentou.
Os aliados ocidentais do governo de Cabul, encabeçados pelos Estados Unidos, que lideraram a invasão do país e levaram à saída do regime do Taleban em 2001, consideraram a eleição um sucesso. A missão de observação da UE e do Afeganistão consideraram que houve um progresso notável nessas eleições no comunicado em que apresentaram as conclusões preliminares. Esses observadores pontuaram que a participação foi "consideravelmente mais elevada no norte do país e especialmente na parte mais ao sul do território."
O comunicado citou que o "dia das eleições foi marcado por uma série de incidentes violentos, incluindo ataques com carros e explosões contra locais eleitorais e edifícios governamentais em diferentes partes do país." "Mesmo com esses meios de dissuasão, os cidadãos foram votar", concluiu.
Os dois principais grupos que participaram das eleições, o do presidente Hamid Karzai de e seu antigo ministro de Relações Exteriores, Abdullah Abdullah, reivindicaram a vitória do pleito na sexta-feira. A Comissão Eleitoral anunciou na que finalizou a contagem dos votos, mas que ainda não estava pronta para revelar os resultados e pediu paciência e prudência a ambos candidatos. A Comissão Europeia pediu também para que os candidatos "respeitem o processo eleitoral" e se "abstenham de fazer anúncios prematuros".
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