26 de outubro de 2013 | 13h52
Atualmente, o governo tem 38 dos 72 senadores e 133 dos 257 deputados. Antes das primárias, o governo pretendia ganhar mais dez cadeiras no Senado e 40 na Câmara. E, com maioria qualificada em ambas as Casas, promover uma reforma Constitucional para habilitar a presidente a buscar um terceiro mandato consecutivo. Porém, nas primárias, dos 24 distritos eleitorais, os candidatos governistas venceram em apenas nove.
Embora não consiga reunir os assentos necessários para reformar a Carta Magna, "aparentemente, o governo ganharia entre três a cinco cadeiras na Câmara, e perderia uma no Senado", estimou Fabián Perechodnik, diretor da Poliarquía Consultores, uma das mais prestigiadas da Argentina. O resultado, segundo explicou ao Broadcast, permitiria à Cristina manter a governabilidade nos dois anos e meio de mandato que lhe restam.
"Não creio que há risco de governabilidade porque, na era democrática, Cristina é a primeira presidente com suficiente capital político para poder manejar sua própria transição", afirmou Perechodnik. Segundo ele, nas duas últimas semanas, Cristina melhorou sua imagem junto à opinião pública em função da cirurgia à qual foi submetida para drenagem de sangue acumulado na meninge dura-máter, uma das membranas entre o crânio e o cérebro, provocado por uma batida na cabeça. As pesquisas da Poliarquía apontam 48% de imagem positiva, dez pontos a mais.
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