05 de dezembro de 2009 | 08h05
A imagem sorridente de Evo está no pedágio entre o Aeroporto de El Alto e a cidade de La Paz, na entrada do Vale da Lua - uma das principais atrações turísticas da cidade - ou no Estádio Hernando Siles, famoso por deixar sem fôlego as equipes de futebol que jogam em solo boliviano. Descobrir quem são os opositores de Evo pela propaganda é missão quase impossível. Escondido entre prédios imensos do Prado, está um dos poucos outdoors de Manfred Reyes Villa, segundo colocado nas pesquisas, com 18%.
Ex-governador de Cochabamba, Reyes parece não ter carisma suficiente para inverter a situação. "A oposição hoje é muito ligada ao passado. Não entendeu as mudanças políticas e sociais na Bolívia e não conseguiu articular uma proposta política e social", explica o analista político Gonzalo Chávez, professor da Universidade Católica Boliviana.
Segundo ele, o fenômeno da esmagadora maioria de cartazes pró-Evo pode ser explicada pelo pouco ânimo da oposição em competir com o presidente em uma área dominada pelo partido do governo, o Movimento ao Socialismo (MAS) - favorito para obter também a maioria da cadeiras da Câmara e do Senado na votação de amanhã. "Provavelmente, acharam que seria desperdício de tempo e dinheiro e decidiram concentrar-se em áreas onde tivessem mais chances, como Santa Cruz, Pando e Tarija", afirma Chávez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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