Eleição na Nigéria é retomada neste domingo após falhas

Sábado foi marcado por problemas nas urnas eletrônicas e ataques do grupo extremista Boko Haram que deixaram mais de 40 mortos

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Oficial das eleições da Nigéria confere as cédulas de votação em colégio eleitoral em Kaduna Foto: Jerome Delay/AP

A eleição que escolherá o novo presidente da Nigéria teve de continuar neste domingo em algumas regiões do país devido a problemas técnicos na identificação dos eleitores nas urnas eletrônicas neste sábado (28). A votação foi estendida em cerca de 300 dos 150 mil colégios eleitorais da Nigéria, inclusive em áreas de Lagos, megacidade de 20 milhões de habitantes. Até mesmo o presidente Goodluck Jonathan teve problemas com as urnas eletrônicas: três equipamentos falharam em reconhecer as impressões digitais de Jonathan e sua mulher. É a primeira vez que a Nigéria usa sistemas biométricos nas eleições. O sábado de eleições foi marcado por ataques do grupo extremista Boko Haram que deixaram mais de 40 pessoas mortas, entre elas um político da oposição. Na reta final da campanha eleitoral, os candidatos intensificaram a ofensiva contra o grupo, que é responsável por mais de 10 mil mortes na Nigéria nos últimos anos. Quase 60 milhões de pessoas têm direito de votar na Nigéria e, pela primeira vez, há a possibilidade de um oposicionista derrotar o governo. Catorze candidatos concorrem à presidência, entre os quais o atual líder do país e o ex-ditador Muhammadu Buhari. Os nigerianos também irão eleger 360 deputados para a Assembleia da República, onde a oposição tem atualmente uma ligeira vantagem sobre o partido de Jonathan.

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