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Eleição no Iraque obriga rivais a buscar alianças

Faltando apurar apenas 5% dos votos, grupos políticos de Maliki e Allawi disputam o controle da Assembleia

Por Reuters e AP
Atualização:

BAGDÁCom 95% das urnas apuradas, os dois principais blocos que concorreram nas eleições parlamentares iraquianas do dia 7 - o do atual premiê, Nuri al-Maliki, e o do ex-premiê Ayad Allawi - começaram esta semana uma corrida para formar coalizões que garantam a governabilidade do Iraque.Nenhum dos dois terá maioria absoluta na nova Assembleia. A coalizão de Maliki lidera em 7 das 18 províncias iraquianas, enquanto a de Allawi está à frente em 5. As seis províncias restantes estão divididas igualmente entre os xiitas da Aliança Nacional Iraquiana e os membros da Aliança Curda.Prevendo dificuldades como as enfrentadas pelo Legislativo atual - no qual Maliki levou seis meses para construir sua base de apoio -, seus partidários apressaram-se, no domingo, em reunir-se com representantes da Aliança Nacional Iraquiana. Em resposta, Allawi viajou para o norte do Iraque, no mesmo dia, para reunir-se com partidos da Aliança Curda. Apesar de liderar em um número maior de províncias, a coalizão de Maliki está 11 mil votos atrás do grupo de Allawi. A divisão das províncias tem impacto direto na equação que define como as 325 cadeiras da Assembleia serão distribuídas. Recontagem. Desde a semana passada, Maliki vem pedindo a recontagem manual dos votos. Seus partidários dizem ter recebido diversas denúncias de fraude na apuração.No entanto, no domingo, a Comissão Eleitoral do Iraque negou-se a recontar os votos e manteve a previsão original, de que a apuração total seja concluída até o fim desta semana. /

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