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Eleições afetam política externa

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Por Redação
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As tensões que dominam a América do Sul continuarão nos próximos meses, já que obedecem também a uma agenda eleitoral interna em diversos países da região. É o caso do principal protagonista da reunião de Bariloche, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, que mobilizou sua base na Câmara dos Representantes da Colômbia para aprovar, na terça-feira, a emenda constitucional que lhe permitirá a segunda reeleição. Na Bolívia, ocorre um cenário similar. O país terá eleições presidenciais no dia 6 dezembro. O presidente Evo Morales, que em janeiro conseguiu aprovar sua reforma constitucional, é candidato à reeleição e, sem figuras de destaque que o ameacem, provavelmente, sairá vencedor. Fernando Lugo, do Paraguai, deu início este mês a seu segundo ano como presidente. Segundo uma pesquisa do Instituto de Comunicação e Arte (ICA), 34,4% dos paraguaios têm "certeza" de que ele não completará seu mandato de cinco anos. Outros 21% consideram que "talvez" Lugo chegue ao final do mandato. No Peru, o presidente Alan García, que não tem eleições pela frente no curto prazo, enfrenta o ressurgimento da guerrilha do Sendero Luminoso e a baixa popularidade - apenas 31,9%. No Uruguai, o presidente Tabaré Vázquez também enfrenta eleições presidenciais. Neste caso, ele não tentará a reeleição, proibida pela Constituição, mas pretende fazer seu sucessor. No Chile, a presidente Michelle Bachelet tem dificuldade para emplacar seu candidato. Por fim, a questão eleitoral também tem peso na Argentina, onde Cristina Kirchner terá de conviver, a partir do dia 10 de dezembro, com uma Câmara de Deputados e um Senado de maioria opositora.

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