PUBLICIDADE

Eleições municipais serão realizadas em todos territórios palestinos

Fatah e Hamas concordaram em adiar votação; pleito será simultâneo

Atualização:

Jovens palestinos comemoram acordo entre Hamas e Fatah em Gaza, na quarta

 

PUBLICIDADE

RAMALLAH - Os dirigentes do movimento nacionalista Fatah e do grupo islâmico Hamas concordaram que as próximas eleições municipais, que estavam previstas para ocorrer apenas na Cisjordânia, sejam realizadas em todas as cidades palestinas, inclusive nas da Faixa de Gaza, informaram nesta quinta-feira, 12, fontes oficiais.

 

Veja também:especialInfográfico: As fronteiras da guerra no Oriente MédioespecialLinha do tempo: Idas e vindas das negociações de pazvideo TV Estadão: Gustavo Chacra analisa acordo entre Hamas e Fatah

 

Os dois grupos decidiram adiar a convocação das eleições municipais na Cisjordânia para permitir que sejam realizadas simultaneamente na Faixa de Gaza, disse Azzam al Ahmad, dirigente do Fatah, ao jornal Al Ayyam, editado em Ramallah.

 

A decisão foi adotada depois que os dois grupos chegaram a um acordo na semana passada no Cairo, após quatro anos de disputas.

 

Ahmad acrescentou que as partes concordaram em pedir ao governo de unidade que deve ser formado nas próximas semanas que adie o pleito para que possa ser realizado na totalidade dos territórios palestinos.

 

Devido à divisão política entre o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e o Fatah que governa na Cisjordânia, a Autoridade Palestina (AP) tinha convocado as eleições municipais para o mês de julho.

Publicidade

 

Como tinha sido vetado pelo grupo islâmico na Faixa de Gaza, o pleito foi planejado para que ocorresse apenas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

 

A Comissão Central Eleitoral Palestina informou que só será possível uma votação simultânea na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental depois de julho.

 

Por sua vez, o líder da Jihad Islâmica em Gaza, Nafez Azzam, declarou que o movimento concorrerá às eleições municipais e às do Conselho Nacional Palestino, mas que se recusa a participar das presidenciais e legislativas.

 

"A Jihad Islâmica não participará das presidenciais e legislativas porque são o resultado dos acordos de paz de Oslo que o movimento continua rejeitando", revelou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.