Eleito no México diz que buscará aliança estratégica com Brasil

Autoridades revisarão 54,5% das urnas em eleição ganha pelo PRI; recontagem exigida pela esquerda deve terminar hoje

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Por CIDADE DO MÉXICO
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O presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, afirmou ontem que seu governo redobrará os esforços na América do Sul para mudar a imagem deteriorada de seu país e, nesse contexto, buscará uma aliança estratégica com o Brasil para "aprofundar a relação em todos os âmbitos"."Não há dúvida de que a imagem do México no mundo foi deteriorada nos últimos anos e a evolução de países como o Brasil contrasta com o estancamento no México", disse Peña Nieto ao jornal La Segunda.Ainda ontem, o Instituto Federal Eleitoral (IFE) do México iniciou uma recontagem em 54,5% das urnas usadas na eleição de domingo, vencida por Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI). O processo de revisão deve terminar hoje sem alteração do vencedor, que teve uma vantagem de 6,5 pontos sobre Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD) - 3,3 milhões de votos.Segundo a primeira apuração, Peña Nieto obteve 38,15% dos votos. Ontem, ele disse que as impugnações são "parte do processo". López Obrador, que ficou com 31,6%, alegou fraudes envolvendo compra de votos e uso de dinheiro ilícito na campanha do PRI. A candidata do governo, Josefina Vázquez, do Partido da Ação Nacional (PAN), ficou em terceiro, com 25%.Segundo a lei eleitoral, uma alteração nos resultados depende de erros ou inconsistências no registro nas atas, em circunstância em que exista diferença de 1 ponto porcentual ou menos entre primeiro e segundo colocados, quando o número de votos nulos é maior do que essa diferença ou quando todos os votos tenham sido para um partido. As fraudes mais frequentes no México estão associadas à compra de votos e ao aliciamento anteriores à votação, o que reduz a possibilidade de uma alteração significativa nos resultados a partir da revisão. / AP

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