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Em campanha, Le Pen se afasta do comando da Frente Nacional

Le Pen tem trabalhado há anos para conseguir mais eleitores, buscando limpar a imagem da Frente Nacional como um partido racista e antissemita

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Por Redação
Atualização:

PARIAS - A candidata à presidência francesa Marine Le Pen anunciou nesta segunda-feira, 24, que está se afastando temporariamente do comando da Frente Nacional (FN). A decisão parece sinalizar uma estratégia para Le Pen tentar avançar sobre mais eleitores potenciais antes do segundo turno em 7 de maio entre ela e o social-liberal Emmanuel Macron.

Marine Le Pen, da Frente Nacional Foto: REUTERS/Charles Platiau/File Photo

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"Hoje à noite, eu não sou mais presidente da Frente Nacional. Eu sou candidata à presidência", disse Le Pen na televisão pública francesa. Le Pen tem dito que não é uma candidata do partido e argumentou, ao lançar sua plataforma em fevereiro, que as medidas defendidas por ela não eram as mesmas da própria sigla.

Le Pen tem trabalhado há anos para conseguir mais eleitores, buscando limpar a imagem da Frente Nacional como um partido racista e antissemita. 

Votos. A diferença nas eleições de ontem entre os dois candidatos que disputarão o Palácio do Eliseu no segundo turno foi de pouco menos de 1 milhão de votos.

Macron, que é apontado como favorito nas pesquisas e pode ser o presidente mais jovem da República aos 39 anos, obteve 8,56 milhões de votos, contra 7,67 milhões de Marine, que atingiu o recorde de votos da extrema direita na história da França.

Cerca de 450 mil votos a menos recebeu o conservador François Fillon, que, com 20,01%, ficou de fora do segundo turno no qual, pela primeira vez na França, não haverá um candidato da direita tradicional.

O esquerdista Jean-Luc Mélenchon obteve 19,58% dos votos, com pouco mais de 7 milhões de votos, que também foi seu melhor resultado histórico, o que o converteu no candidato mais votado da esquerda.

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Muito atrás, Benoît Hamon, candidato do governante Partido Socialista (PS), teve pouco menos de 2,3 milhões de votos, 6,36% do total, o apoio mais baixo na história para um candidato do partido.

O soberanista Nicolas Dupont-Aignan, com quase 1,7 milhão de votos (4,70%), ficou perto de 5%, abaixo do limite no qual o Estado francês não reembolsa os gastos da campanha eleitoral, enquanto os outros candidatos não superaram 1,5% dos votos.

O defensor da França rural Jean Lasalle contou com quase meio milhão de votos (1,2%), à frente do anticapitalista Philippe Poutou (1,09%), do soberanista François Asselineau (0,92%), da trostkista Nathalie Arthaud (0,64%) e do gaullista de esquerda Jacques Cheminade (0,18%). / AP e EFE

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