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Em carta de ´adeus´, príncipe Harry diz querer ir ao Iraque

Declaração surge no mesmo dia da ameaça de seqüestro por insurgentes xiitas

Por Agencia Estado
Atualização:

Um jornal britânico publicou neste sábado, 28, uma carta de despedida supostamente assinada pelo príncipe Harry, terceiro na linha sucessória do trono do Reino Unido, na qual ele afirmava querer seguir em frente com a obrigação de servir no Iraque como um soldado real. A declaração surge no mesmo dia em que o jornal The Guardian publicou uma ameaça de um comandante do Exército de Mahdi, milícia xiita leal ao clérigo radical Moqtada al-Sadr, de que o seqüestro do príncipe Harry, 21, será um objetivo preferencial caso ele seja enviado à frente de batalha no Iraque. "Um de nossos objetivos é capturar Harry. Temos gente infiltrada nas bases britânicas, que nos informarão seus movimentos", disse ao jornal britânico Abu Mujtaba. Ele comanda uma unidade de aproximadamente 50 homens que operam no Exército de Mahdi em Basra, no sul do Iraque. "Estou nervoso", revela a carta, revelada pelo tablóide News of the World. "Esperei bastante tempo e agora é hora de sair e lutar em nome de meu país." Comandantes do Exército britânico anunciaram nesta semana que estão reconsiderando a decisão de enviar o filho do príncipe Charles e da princesa Diana, morta em 1997. A preocupação, refletida na imprensa, é de que sua chegada motive os insurgentes a intensificar a sua guerra de propaganda e ponha em perigo não só o próprio príncipe mas também seus companheiros. O regimento do príncipe Harry será destacado em breve para um período de seis meses no sudeste do Iraque. As suas missões serão de reconhecimento, em veículos encouraçados, como o que sofreu um atentado com bomba na semana passada, na província de Maysan, no qual morreram seus dois ocupantes.

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