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Em catedral, Thatcher lembra 25 anos da guerra das Malvinas

Para comemorar a data, redes de televisão divulgaram imagens do conflito e dedicaram espaço a programas especiais sobre a guerra e relatos de ex-combatentes

Por Agencia Estado
Atualização:

O Reino Unido lembra nesta segunda-feira, 2, o 25º aniversário da ocupação argentina das ilhas Falkland (Malvinas para os argentinos) com programas especiais e relatos de ex-combatentes. As redes de televisão divulgaram nesta segunda-feira, 2, imagens do conflito armado e dedicaram espaço a programas sobre a guerra entre Reino Unido e Argentina pela posse das ilhas, cuja soberania Buenos Aires reivindica desde 1833. Na manha desta segunda, a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher marcou a data com uma pequena cerimônia na Catedral de St. Paul. Thatcher chefiava o país em 1982, quando eclodiu a guerra. Em 2 de abril de 1982, a Junta Militar argentina decidiu ocupar as ilhas Malvinas, o que motivou uma guerra com o Reino Unido que terminou com a rendição da Argentina em 14 de junho daquele ano e deixou um saldo de mais de mil mortos. Por causa do aniversário, a ministra de Assuntos Exteriores britânica, Margaret Beckett, convidou os parentes de soldados argentinos mortos na guerra a participar de uma cerimônia privada que acontecerá no final deste ano nas ilhas. Em comunicado divulgado no domingo, Beckett disse que os parentes terão a oportunidade de viajar para Darwin para uma cerimônia no cemitério argentino em lembrança dos mortos em combate. "A perda de vidas em ambos os lados é fonte de contínuo pesar", ressaltou a titular da diplomacia britânica. "O Reino Unido quer impulsionar uma relação construtiva com a Argentina e uma cooperação prática, tanto no Atlântico Sul como em assuntos mais amplos de cooperação internacional", acrescentou. A disputa pela soberania do arquipélago é motivo de tensão entre os dois países desde que os laços diplomáticos foram retomados, em 1990. A guerra - que elevou a popularidade de Thatcher no governo - ainda é um assunto controverso no Reino Unido, onde muitos ainda vêem o conflito como uma manobra política calculada, e até cínica. Contudo, o atual primeiro-ministro, Tony Blair, afirmou em março que a guerra das ilhas Falkland "era a coisa certa a ser feita".

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