KIEV - A Ucrânia registrou nesta quarta-feira, 15, um ataque promovido por rebeldes pró-Rússia que causou a morte de oito soldados do governo nas últimas 24 horas e deixou 16 pessoas feridas. Cinco militares, com idades entre 23 e 45 anos, morreram com a explosão de uma mina quando cumpriam uma missão na cidade de Bolotennoye, na região de Lugansk, segundo informações do comando militar de Kiev.
Outros dois soldados ficaram feridos na ação que contou com o uso de lança-granadas e armas leves contra um posto de controle ucraniano.
Segundo o CSDN, os rebeldes intensificaram as ações de sabotagem e as tentativas de penetrar no território controlado pelas forças governamentais "com o objetivo de minar a estabilidade política e social, e semear o pânico" entre os cidadãos.
O Conselho de Segurança Nacional e Defesa (CSND) da Ucrânia denunciou que este foi um dos maiores ataques contra as posições ucranianas desde a assinatura dos Acordos de Paz de Minsk, em fevereiro. Kiev acusou os separatistas de tentarem "destruir totalmente os acordos e retomarem os combates para iniciar uma ofensiva pelo menos em três direções importantes".
Os separatistas acusaram as tropas de Kiev de terem atacado bairros residenciais da cidade de Gorlovka, situada cerca de 50 quilômetros ao nordeste de Donetsk, principal reduto forte dos pró-Rússia.
"A situação continua piorando", comentou Andrei Lisenko, porta-voz da presidência ucraniana para a operação antiterrorista, como é conhecida em Kiev a campanha militar contra os pró-Rússia nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk.
Apesar do plano de regulação assinado em Minsk, rebeldes separatistas e militares ucranianos se acusam diariamente de violar o cessar-fogo declarado na zona de conflito e de usar armamento pesado, proibido pelos acordos.
Segundo os dados mais recentes da ONU, cerca de 6,5 mil pessoas, entre combatentes e civis, perderam a vida no leste da Ucrânia em 15 meses de conflito. / EFE