Em discurso, Hillary pede alterações na legislação do comércio de armas nos EUA
Democrata disse que pessoas investigadas pelo FBI ‘não deveriam poder comprar uma arma’, e insistiu em restabelecer a proibição sobre a venda de fuzis de assalto
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Por Redação
Atualização:
WASHINGTON - A pré-candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton disse nesta segunda-feira, 13, após o ataque a tiros em uma casa noturna em Orlando, na Flórida, frequentada pelo público LGBT, que deixou ao menos 50 mortos, que “se alguém está sendo investigado pelo FBI, simplesmente não deveria poder comprar uma arma”.
Em seu primeiro discurso público após o massacre, Hillary insistiu em restabelecer a proibição sobre a venda de fuzis de assalto, como a utilizada por Omar Mateen, autor dos disparos. “Acredito que as armas de guerra não têm lugar nas nossas ruas.”
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O atirador, americano de origem afegã, havia sido investigado pelo FBI anteriormente, mas por não contar com um histórico criminal, conseguiu comprar legalmente as armas levadas à casa noturna.
No pronunciamento em Cleveland, ela pediu um aumento nos esforços para excluir as mensagens do Estado Islâmico da internet, e afirmou ainda que apesar de o atirador estar morto, “o vírus que envenenou sua mente permanece muito vivo”.
Além disso, disse que se for presidente dos Estados Unidos, tornará prioridade frear a ação dos terroristas chamados "lobos solitários".
Em entrevista à rede NBC nesta manhã, Hillary disse que os EUA devem encontrar uma maneira de manter o país a salvo sem demonizar os muçulmanos. Ela garantiu que apoiará medidas mais fortes de prevenção para ataques dos chamados lobos solitários, e pediu maior monitoramento na Internet, mas disse que ao mesmo tempo irá proteger os direitos de muçulmanos americanos.
A democrata disse ainda que a resposta ao massacre de Orlando - o ataque a tiros "mais letal" na história dos Estados Unidos - não pode ser o "partidarismo" e também não se deve "demonizar" os muçulmanos.
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Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA
1 / 23Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA
Ataque em Orlando
Um homem matou 50 pessoas e deixou 53 feridos em um ataque em uma boate em Orlando, nos EUA, na madrugada de domingo, 12 Foto: _pixel_trappa
Ataque em Orlando
A boate Pulse (foto), local do ataque, é frequentadapelo público LGBT Foto: AP Photo/Chris O'Meara
Omar Mateen
O atirador, identificado como Omar Mateen, de 29 anos, é americano e filho de afegãos. Ele mantinha uma página com selfies na rede social MySpace Foto: MySpace/Reprodução
Ataque em Orlando
O presidente Barack Obama classificou o ataque como um "ato de terror e ódio" e, na Casa Branca, a bandeira americana foi hasteada a meiomastro Foto: Stephen Crowley/The New York Times
Ataque em Orlando
Dezenas de viaturas policiais, incluindo uma equipe da SWAT, invadiram a área em torno da casa noturna. Pelo menos duas caminhonetes da polícia foram ... Foto: AP Photo/Phelan M.EbenhackMais
Ataque em Orlando
Por volta das 2h no horário local (cerca de 3h no horário de Brasília), Mateen entrou armado de um rifle e uma arma de pequeno porte, além de um "disp... Foto: AP Photo|Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Ele entrou abrindo fogo dentro de estabelecimento e um policial que trabalhava como segurança dentro da boate revidou ao ataque também a tiros Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Na foto, profissionais do hospital regional aguardam a chegada de vítimas de ataque que deixou 50 mortos e 53 feridos Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
A área do entorno da boate foi isolada e a polícia investiga o tiroteiocomo um ataque terrorista Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Omar Mateen chegou a fazer reféns dentro da boate e, por volta das 6h (Brasília), foi morto por uma agente da SWAT, elite da polícia norte-americana, ... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Amigos, familiares e envolvidos aguardam mais informações sobre as vítimas e as investigações nos arredores da delegacia Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Amigos e parentes das vítimas aguardam mais informações das autoridades que apuram as causas do ataque Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Segundo o FBI, a polícia faz buscas na casa do atirador e procura no perfil das redes sociais de Omar Mateen informações ou pistas que liguem o atirad... Foto: REUTERS/Steve NesiusMais
Ataque em Orlando
Não está descartada a hipótese de motivação religiosa no caso Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Segundo o chefe da polícia de Orlando, JohnMina, o homem estava munido de algum tipo "suspeito" de dispositivo e chegou a trocar tiros com um seguranç... Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERAMais
Ataque em Orlando
O tiroteio foi considerado o pior da história dos EUA Foto: Gerardo Mora/Getty Images/AFP
Ataque em Orlando
Um policial que trabalhava como segurança dentro da boate Pulse, o nome da casa que abrigou o incidente, trocou tiros com o suspeito por volta das 2h ... Foto: REUTERS/Steve NesiusMais
Ataque em Orlando
"Nos próximos dias iremos procurar entender onde esse indivíduo se inspirou para colocar em prática esse horrível ato de terrorismo", afirmou à rede d... Foto: REUTERS/Kevin KolczynskiMais
Ataque em Orlando
"Este é um incidente que, a meu ver, certamente pode ser classificado como um incidente doméstico de terrorismo" disse o xerife do condado de Orange, ... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Inicialmente, a polícia disse por meio do Twitter que o barulho ouvido perto do local do tiroteio teria sido uma "explosão controlada" Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Um dos frequentadores da casa noturna, Rob Rick contou que o ataque teve início por volta das 2h da manhã, pouco antes do encerramento da festa. "Todo... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Apesar do ataque, a Parada Gay ocorreu na Filadélfia Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
Ataque em Orlando
Em Washington, a polícia a segurança no Festival do Orgulho Gay. Acima, imagem do evento na Filadélfia, que também ocorreu apesar do ataque em Orlando Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
"É hora de nos unirmos e lembrarmos os que foram assassinados, apoiemos a todos os que estão sofrendo e depois tratemos de averiguar o que podemos fazer", disse a ex-secretária de Estado em uma entrevista.
Hillary respondeu às críticas do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, que no domingo condenou tanto sua provável rival nas eleições de novembro como o presidente Barack Obama por não usar a expressão "Islã radical" ao se referir ao extremismo islâmico.
Segundo Hillary, neste momento "importa o que fazemos, não o que dizemos". "Para mim, jihadismo radical, islã radical, acredito que significam o mesmo. Estou disposta a dizer qualquer um dos dois", acrescentou a candidata.
"Toda esta conversa, demagogia e retórica não vão resolver o problema. Eu não vou demonizar, ser demagoga e declarar guerra a toda uma religião", destacou.
A polícia de Orlando, na Flórida, detalhou que no ataque à boate Pulse morreram 49 pessoas, além do autor dos disparos. O suspeito jurou lealdade ao Estado Islâmico, grupo que reivindicou nesta segunda-feira a autoria do massacre e qualificou Mateen como um "soldado do califado". /Reuters, EFE e Associated Press