Em discurso, Hillary deve pressionar israelenses e palestinos por negociações

EUA desistiram de convencer Israel de novo congelamento na expansão de assentamentos

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Por Redação
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WASHINGTON - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, deve anunciar nesta sexta-feira, 10, uma nova estratégia para relançar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, interrompidas desde que Tel Aviv retomou a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia, no final de setembro. Veja também:especialInfográfico: As fronteiras da guerra no Oriente Médioforum Enquete: Qual a melhor solução para o conflito?especial Linha do tempo: Idas e vindas das negociações de paz

 

Hillary fará um discurso no jantar de gala no fórum anual do centro Saban para estudos sobre o Oriente Médio, no Instituto Brookings. Nesta semana, os EUA desistiram de pressionar Israel por um novo congelamento nas colônias no território palestino. De acordo com o porta-voz do departamento de Estado P.J. Crowley, Hillary deve dizer que cabe apenas a israelenses e palestinos resolver as diferenças e pressioná-los a trabalhar por um acordo final de paz. "Ela deve pedir aos dois lados para trabalhar nas questões centrais do conflito: fronteiras, seguranças, refugiados, assentamentos, água e o status de Jerusalém", disse Crowley. "Ela deixará claro que os EUA estão comprometidos com o processo, mas a responsabilidade cabe a eles". O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, também participará do evento. Nesta sexta, Hillary se reuniu separadamente com Barak, com o principal negociador palestino, Saeb Erekat, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Salam Fayyad, e com a líder da oposição israelense, Tzipi Livni. Ontem, ela se encontrou com o chefe dos negociadores israelenses, Isaac Molho. As negociações diretas entre israelenses e palestinos, relançadas em setembro, entraram em colapso após três semanas, depois de Israel pôr fim a uma moratória de dez meses na construção de assentamentos na Cisjordânia. Os EUA tentaram, em vão, convencer Tel Aviv de prorrogar os assentamentos em troca de benefícios militares e diplomáticos.Com Efe e Reuters 

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