O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta sexta-feira que o presidente egípcio, Hosni Mubarak, dê passos concretos para as reformas políticas, sociais e econômicas, e pediu que as autoridades de seu país freiem a violência contra as manifestações pacíficas.
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"A violência não resolverá as reclamações que surgiram diante da ausência destas reformas", declarou Obama em uma mensagem dirigida à nação, pouco depois de falar por telefone com Mubarak, que anunciou a dissolução do governo e se comprometeu em avançar as reformas.
O mandatário estadunidense, que segue de perto a crise no Egito, disse que a primeira preocupação dos Estados Unidos é prevenir confrontos e mortes e, por isso, insistiu que as autoridades egípcias não pratiquem atos de violência contra os manifestantes.
Em suas primeiras declarações públicas sobre a crise no país, Obama destacou que o governo dos Estados Unidos continuará apoiando os 'direitos universais' do povo egípcio, incluindo o direito de reunião e associação, o direito de liberdade de expressão e de determinar seu próprio futuro.
No entanto, o presidente norte-americano destacou que os manifestantes devem assumir sua responsabilidade de protestar de forma pacífica. E pediu que o governo do país repense as medidas que foram tomadas para cercear o acesso à internet, aos serviços de telefonia e às redes sociais.
"Os Estados Unidos têm uma aliança estreita com o Egito e temos cooperado em muitos assuntos, mas também temos sido claro que devem fazer reformas que respondam as aspirações da população egípcia", conclui Obama.