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Em estado de alerta contra atentados, França condena ataque terrorista de Orlando

Já sob alta segurança, governo francês ainda não lançou novas recomendações sobre a ameaça terrorista

Por Andrei Netto e Correspondente/Paris
Atualização:

Nomeado pelo grupo terrorista Estado Islâmico como seu maior alvo no Ocidente, a França está em estado de alerta máximo contra o risco de novos atentados jihadistas em seu território. Seis meses após dos ataques de Paris e de Saint-Denis, que incluiu a invasão à casa de shows Bataclan, o Palácio do Eliseu reagiu condenando o "horror do massacre" em Orlando.

Desde os ataques de novembro, a França vive em "estado de emergência", regime de exceção que amplia os poderes da polícia, do Ministério Público e da Justiça com o objetivo de conter a ameaça de novos atentados. Nas últimas semanas, os líderes políticos multiplicaram as advertências de que o risco de novos ataques é grande, em especial porque neste momento o país sedia a Eurocopa, terceiro maior evento esportivodo mundo, com turistas de todos os países da Europa.

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Por essa razão, todas as reuniões públicas são altamente vigiadas pela polícia, com efetivos de trocas de choque e agentes à paisana que buscam eventuais suspeitos. Nesse domingo, por exemplo, centenas de policiais enquadraram as massas de torcedores croatas, turcos, irlandeses, suecos, ucranianos e alemães que estão em Paris para os jogos do torneio, em especial em torno da fan-zone na Torre Eiffel.

Até o início da noite, porém, nenhuma nova orientação sobre prevenção de atentados foi distribuída pelo Ministério do Interior, que na semana passada lançou um aplicativo para smartphones com serviços de emergência e alerta de terrorismo.

Em nota oficial, o presidente da França, François Hollande, reforçou a solidariedade dos franceses para com as vítimas e familiares em Orlando. "O presidente da república condena o horror do massacre na Flórida", disse a nota do Palácio do Eliseu. "O presidente expressa o apoio pleno da França e dos franceses às autoridades e ao povo americano nesse momento difícil."

Na mesma linha, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, manifestou sua "compaixão" e "plena solidariedade", mas lembrou o caráter homofóbico da agressão. "Ao atingir a comunidade gay, o horrível ataque de Orlando nos atinge a todos", reiterou. 

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