Em Hamburgo, Trump reafirma promessa de que México pagará por muro

Líder americano voltou a afirmar que o país vizinho arcará com os custo de sua polêmica proposta; encontro com o colega Enrique Peña Nieto à margem do G-20 durou 30 minutos, mas os dois não discutiram o assunto, segundo a chancelaria mexicana

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HAMBURGO, ALEMANHA - Os presidentes de Estados Unidos, Donald Trump, e México, Enrique Peña Nieto, se reuniram nesta sexta-feira, 6, pela primeira vez para abordar o estado das relações bilaterais, à margem da Cúpula do G-20 que acontece em Hamburgo, no norte da Alemanha.

Antes do encontro, porém, o presidente americano insistiu que o México deve pagar pelo muro fronteiriço que ele planeja construir entre os dois países - uma de suas principais promessas de campanha. "Com certeza", afirmou, ao ser indagado pela imprensa se ainda quer que o México assuma os custos de seu polêmico projeto. 

Peña Nieto (E) e Trump conversam durante cúpula do G-20 na Alemanha Foto: AFP PHOTO / SAUL LOEB

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A reunião entre os dois presidente durou pouco mais de meia hora, indicou uma fonte do governo mexicano, e foi realizada com mais de uma hora de atraso devido à demora na sessão plenária. 

De acordo com o chanceler do México, no entanto, os dois presidentes não abordaram a questão do muro entre seus países durante o encontro. "O tema do muro não foi tratado", afirmou Luis Videgaray. "Não foi um tema da relação bilateral."

O encontro dos dois acontece mais de cinco meses depois que Peña Nieto cancelou uma visita à Casa Branca para se encontrar com Trump diante das tensões o polêmico muro e num dos momentos mais delicados da relação entre os dois vizinhos em razão da complexa renegociação em curso do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês).

Após este encontro, Trump se reuniu pela primeira vez com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, um dos encontros mais esperados desta cúpula do G-20.

A agenda de Peña Nieto durante a cúpula em Hamburgo inclui outras quatro reuniões bilaterais: com o premiê espanhol, Mariano Rajoy, e os primeiros-ministros de Canadá, Justin Trudeau; Itália, Paolo Gentiloni; e Índia, Narendra Modi. / EFE e AFP

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