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Premiê de Israel zomba de fake news sobre vacinação e vídeo viraliza; assista

Binyamin Netanyahu atuou em comercial bem humorado, convocando população a se vacinar e atacando notícias falsas sobre efeitos e origem da vacina

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Por Redação
Atualização:

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, é a estrela da nova campanha de vacinação contra a covid-19 no país. O líder político israelense mostrou seu repertório como ator ao participar de um comercial convocando a população a se vacinar e contra as fake news antivacina, gravado para o feriado de Purim - festa judaica que celebra a salvação do povo judeu na antiga Pérsia.

A peça publicitária começa com Netanyahu falando em um megafone e desejando um feliz Purim a todos: "Temos guloseimas do Purim, primeira dose, segunda dose, levante sua manga e venham todos se vacinar", diz o primeiro-ministro. Na sequência, Netanyahu começa a contracenar com o humorista Chen Mizrachi, que questiona a vacinação. À medida que Netanyahu responde às perguntas, o humorista aparece vestido em fantasias diferentes, como de palhaço, cachorro, cientista e no que parece ser uma versão de Daenerys Targaryen, da série Game of Thrones.

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A aparição carismática de Netanyahu ocorre em meio a campanha eleitoral que definirá a composição do Parlamento israelense para a próxima legislatura. A votação está marcada para o dia 23 de março.

Israel tem uma das campanhas de imunização contra a covid-19 mais rápidas do mundo. Nesta sexta-feira, 26, o ministro da Saúde israelense informou que metade da população do já recebeu pelo menos uma dose da vacina.

A vacinação acelerada transformou o país em um laboratório vivo para determinar as regras de uma sociedade vacinada, levantando questões espinhosas sobre direitos, obrigações e bem-social maior.

Na semana passada, o gabinete de Netanyahu votou pela reabertura de shoppings e museus, observadas regras sobre distanciamento social e uso compulsório de máscaras.

Pela primeira vez em muitos meses, academias de ginástica, eventos culturais e esportivos, hotéis e piscinas reabriram, mas apenas para algumas pessoas, pois o país adotou um sistema de "crachá verde", que funciona como incentivo para pessoas que já foram plenamente vacinadas ou que tiveram covid-19 e se recuperaram.

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Primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu recebe dose da vacina Pfizer-BionTech contra a covid-19. Foto: Amir Cohen/REUTERS

Apesar do avanço, Israel vem sendo criticado por não estender sua campanha de vacinação aos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Gaza iniciou uma campanha de vacinação apenas na segunda-feira, 22, após os Emirados Árabes Unidos e a Autoridade Palestina - com sede na Cisjordânia - enviarem os primeiros lotes da vacina Sputnik V.

Os palestinos também acusam Israel de bloquear a entrada das vacinas em Gaza, enclave empobrecido com 2 milhões de habitantes./ The New York Times e Reuters