Em meio à crise da Ucrânia, Otan suspende parceria militar com Rússia

Aliança atlântica estuda reforçar presença militar em países do leste europeu próximos à Rússia

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Por Redação
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Os ministros das Relações Exteriores dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ordenaram nesta terça-feira, 1, o fim da cooperação civil e militar com a Rússia e irão pedir às forças de segurança de seus governos que elaborem rapidamente um plano para proteger os membros da aliança que se sentem ameaçados pelo governo de Vladimir Putin. Em meio à crise, a aliança atlântica evitou confirmar se, de fato, a Rússia está retirando suas tropas da fronteira com a Ucrânia.

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Mais cedo, o governo ucraniano aprovou o envio de tropas da Otan para exercícios militares em seu território a partir de maio. Em uma ação paralela, a estatal Gazprom anunciou um aumento de 40% no preço do gás exportado para a Ucrânia.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e outros ministros estão reunidos na sede da Otan a portas fechadas, onde aprovaram por unanimidade uma série de outras medidas, incluindo o possível envio de tropas militares para os países que fazem fronteira com a Rússia, como a Polônia e os Estados bálticos.

Segundo o funcionário, foi aprovado também um possível aumento dos níveis de prontidão das forças militares da Otan e a possível revisão do plano de resposta a crises da entidade.

Suspeita. O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse nesta terça-feira, 1, que a aliança atlântica não pode confirmar se a Rússia está retirando suas tropas da fronteira com a Ucrânia, apesar do anúncio de Moscou de que começou a recuar alguns de seus batalhões.

"Infelizmente não posso confirmar se a Rússia está retirando suas tropas. Não é o que temos visto", afirmou Rasmussen ao chegar na reunião de ministros das relações Exteriores da União Europeia e da Otan que está sendo realizada em Bruxelas (Bélgica).

O secretário-geral afirmou que a Aliança segue exigindo que a Rússia retire suas tropas da fronteira e pediu que Moscou cumpra à altura suas obrigações internacionais. Rasmussen também defendeu um diálogo construtivo com a Ucrânia.

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Moscou declarou ontem que retirou um batalhão (500 soldados) da fronteira com a Ucrânia, onde sua presença militar preocupa as potências ocidentais diante da possibilidade de uma invasão do leste da Ucrânia após a anexação da região autônoma da Crimeia à Rússia. /AP e EFE

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