Em meio às polêmicas, Bush confia na vitória

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Por Agencia Estado
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Em meio às polêmicas referentes à estratégia militar empregada pelo Pentágono no Golfo Pérsico, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou que os soldados norte-americanos estão agindo "de forma brilhante" e encontram-se "cada dia mais perto de Bagdá, cada dia mais perto da vitória". Em discurso a oficiais da Guarda Costeira na Filadélfia, Bush garantiu que a invasão norte-americana do Iraque deverá servir para levar "alimentos, liberdade e uma vida melhor" ao povo iraquiano. "Há muitos perigos diante de nós", mas o êxito da operação militar, disse Bush, está garantido e culminará na "libertação do povo iraquiano do regime de Saddam Hussein", o presidente do Iraque. As autoridades norte-americanas o acusam de possuir um arsenal de armas de destruição em massa. Porém, por trás do otimismo e do avanço implacável, mas com contratempos, dos soldados anglo-americanos rumo a Bagdá, o presidente dos EUA admitiu a seus colaboradores mais próximos que está irritado com a polêmica do último fim de semana, sobre a estratégia do Pentágono. Com um índice de aprovação de 70% pelos norte-americanos, segundo pesquisas, Bush tenta recompor a unidade de seu gabinete, cuja divisão foi retratada hoje pelo jornal The Washington Post, segundo o qual a "guerra de Donald Rumsfeld", o secretário da Defesa que quer um conflito baseado em tecnologia e movimentos rápidos, está prestes a converter-se na "guerra de Colin Powell", o secretário de Estado que pressiona pelo acúmulo de uma superioridade militar incontestável antes de se enfrentar um inimigo. De acordo com o jornal, "até agora, a nova guerra dos Estados Unidos contra o Iraque poderia definir-se como ´a guerra de Rumsfeld´, conduzida de acordo com a visão do secretário sobre o futuro do aparato militar, que confia no poder aéreo, nas informações coletadas pelo serviço secreto, nas tropas especiais e no rápido deslocamento das tropas terrestres regulares". Porém, acrescentou, "o restante da guerra, dure ela dias, semanas ou meses, parece destinado a transformar-se numa campanha militar mais lenta, mais metódica e mais tradicional, que enfatizará o uso da força preponderante para derrotar o inimigo", um conceito preferido por Powell, que o aplicou durante a Guerra do Golfo, em 1991, com o objetivo de reduzir o número de baixas. No entanto, o tempo citado pelo The Washington Post para as mudanças na estratégia não é um recurso infinito para o governo Bush, que poderá ver o apoio popular despencar se a guerra se estender por muito tempo. Possivelmente por isto, o presidente norte-americano decidiu hoje aproveitar a mensagem da Filadélfia para enfatizar seu apoio aos planos que os chefes do Pentágono colocam em ação no Golfo Pérsico. "Em momento como este, homens e mulheres de cada canto dos Estados Unidos, apoiados por uma forte coalizão, estão lutando para desarmar um regime perigoso e libertar um povo oprimido", disse Bush. O presidente norte-americano lembrou que "a guerra terrestre começou há 11 dias e, neste curto espaço de tempo, nossas tropas atuaram de maneira brilhante, com grande capacidade e bravura". Segundo Bush, "eles nos deixam orgulhosos. Em 11 dias, as forças de coalizão tomaram controle da maior parte do sul e do oeste do Iraque, capturamos pontes-chave, abrimos uma frente no norte, praticamente alcançando a superioridade aérea. Além disso, estamos distribuindo ajuda humanitária. Há muitos perigos diante de nós, mas a cada dia estamos mais perto de Bagdá". Veja o especial :

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