PUBLICIDADE

Em Mumbai, Obama pede aproximação entre Índia e Paquistão

Presidente americano diz também que Islamabad não está avançando o suficiente no combate ao extremismo

Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu, durante visita a Mumbai, que Índia e Paquistão retomem o diálogo bilateral formal, alegando que a instabilidade do país vizinho é prejudicial para os indianos.

 

Geithner: Índia é modelo de crescimento sustentável Índia e Paquistão, potências nucleares adversárias desde que se tornaram independentes da Grã-Bretanha, há mais de 60 anos, viram suas relações se deteriorarem ainda mais depois dos ataques a Mumbai, em 2008, atribuídos a extremistas paquistaneses. Obama também admitiu que Islamabad não avançou o suficiente no combate a extremistas do Talebã. "O progresso não tem sido tão rápido quanto gostaríamos", disse o americano durante uma conversa com cerca de 300 estudantes indianos. O apoio americano ao Paquistão é um dos temas mais sensíveis que Obama enfrenta durante sua visita à Índia, relata o correspondente da BBC em Nova Déli, Mark Dummett. Muitos indianos acreditam que não podem confiar nos EUA enquanto o país continuar a fornecer dinheiro e armamento ao Exército paquistanês. Um estudante perguntou ao presidente americano porque ele não declarava o Paquistão um Estado terrorista. Obama respondeu que trabalhará "com o governo paquistanês para erradicar esse extremismo que consideramos um câncer interno com o potencial de engolir o país". "Minha esperança", agregou, "é que, com o tempo, a confiança se desenvolva entre (Índia e Paquistão), que o diálogo comece, talvez em temas menos polêmicos, até evoluir para os temas mais polêmicos". Num momento em que a Índia cresce economicamente, disse Obama, o país não deve deixar que a insegurança e instabilidade na região se tornem uma distração. Acordos comerciais No sábado, Obama havia visitado o hotel mais atingido pelos ataques em Mumbai em 2008 e destacou os laços entre Estados Unidos e Índia. Também anunciou acordos comerciais de US$ 10 bilhões entre os dois países. Seu giro de dez dias pela Ásia tem como objetivo alavancar as exportações americanas e gerar empregos nos Estados Unidos, depois de o partido do presidente ter sofrido uma derrota significativa nas eleições legislativas do início do mês. Sua viagem asiática incluirá a reunião, em Seul (Coreia do Sul), de líderes do G20. Também estarão presentes no encontro o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita Dilma Rousseff. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.