Em nota, Brasil condena 'crime covarde' do EI na Síria

Governo brasileiro divulgou um comunicado no qual condena 'nos mais fortes termos' os ataques na cidade de Homs e no santuário de Saída Zainab, em Damasco, no domingo, que resultaram na morte de 184 pessoas

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SÃO PAULO - O governo brasileiro divulgou uma nota no qual condena "nos mais fortes termos" os ataques na cidade de Homs e no santuário de Saída Zainab, em Damasco, no domingo, que resultaram na morte de 184 pessoas, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. 

De acordo com a nota, divulgada na manhã desta segunda-feira, 22, pelo Itamaraty, trata-se de "mais um crime covarde reivindicado pelo grupo terrorista autodenominado 'Estado Islâmico'".

Explosões de carros-bomba ao sul de Damasco destruíram várias casas e deixaram centenas de vítimas Foto: AP Photo/Natalia Sancha

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"Atques contra civis são atos de barbárie que devem ser repudiados e combatidos com firmeza pela comunidade internacional como um todo. Nenhum ataque terrorista pode ser justificado. Nenhuma manifestação de intolerância religiosa pode ter lugar no mundo de hoje", afirma a nota, em duro tom, incomum nos comunicados do Ministério das Relações Exteriores. 

No texto, o governo reitera seu "apoio às iniciativas de paz em curso" sobre a Síria, ao qual "o Brasil se sente ligado por profundos vínculos históricos". 

Em uma segunda versão divulgada à imprensa, ainda na manhã desta segunda-feira, o comunicado brasileiro diz que a paz na Síria deve ser alcançada pelo diálogo e pela reconciliação em "processo liderado pelos próprios sírios entre setores reconhecidos como idôneos, o que exclui grupos terroristas, nos termos da Resolução 2254 (2015) do Conselho de Segurança das Nações Unidas e os Comunicados de Viena de 2015 e de Genebra de 2012". 

A Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU foi adota no dia 18 de dezembro e trata-se da primeira resolução voltada exclusivamente à obtenção de uma solução política para o conflito armado na Síria.

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