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Em novo confronto, polícia chinesa anuncia morte de 2 uigures

Policiais utilizaram 'meios legais'; onda de violência étnica no oeste do país já deixou mais de 180 mortos

Por Agência Estado e Dow Jones
Atualização:

Policiais chineses mataram dois "supostos transgressores" da etnia uigur em meio aos episódios de violência étnica ocorridos nesta segunda-feira, 13, em Urumqi, capital da província de Xinjiang, no noroeste da China, informou o governo local. Além dos dois mortos, uma pessoa ficou ferida no incidente desta segunda.

 

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"A polícia baleou e matou dois supostos transgressores e feriu um suspeito utilizando meios legais disponíveis", afirmou o país, por meio de um comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do governo de Urumqi.

 

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De acordo com a nota, os policiais atiraram nos suspeitos depois de terem sido atacados enquanto tentavam "dispersar um incidente de violência". Desde 5 de julho, quando começou a atual onda de violência entre integrantes das etnias han e uigur no noroeste da China, mais de 180 pessoas já morreram.

  

Em um discurso transmitido pela televisão nesta segunda-feira, o governador de Xinjiang, Nuer Baikeli, afirmou que os responsáveis pelos confrontos serão punidos "severamente", segundo a BBC Brasil. "Nós iremos proteger a lei de maneira firme e fazer todos os esforços para localizar os criminosos violentos que tomaram parte em pancadarias, choques, saques e incêndios."

 

De acordo com as autoridades chinesas, pelo menos 184 pessoas foram mortas nos conflitos em Urumqi e 1.680 foram presas. Entre os mortos, 137 seriam da etnia han, 46 seriam membros da comunidade uigur e um seria da etnia hui, segundo informações do governo. Já membros da etnia uigur exilados afirmam que centenas de uigures teriam sido mortos nos confrontos.

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