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Em Pacaraima, Eduardo Bolsonaro diz ser a favor de 'toda e qualquer tentativa' de depor Maduro

Filho do presidente Jair Bolsonaro afirma que às vezes o uso da força se faz necessário

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Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse na noite desta terça-feira, 30, que às vezes o uso da força se faz necessário e declarou apoio a "toda e qualquer tentativa” de depor o presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL-SP Foto: Will Shutter/Câmara

"A gente espera que a Venezuela esteja vivendo um novo momento, que ocorra essa transição da maneira mais democrática possível, mas a gente também sabe que no mundo real por vezes também é necessário o uso da força, porque é através da força que Maduro se mantém no poder", afirmou o deputado, em vídeo. "No mundo real, por vezes, nem sempre o que desejamos acontece. Em caso de derrota, Maduro vai tentar impor a Juan Guaidó remédios muito amargos."

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O deputado está em Pacaraima (RR), cidade fronteiriça com território venezuelano em visita de parlamentares para verificar os impactos da imigração dos refugiados no Estado. A viagem já estava agendada, mas coincidiu com a tentativa do presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido pela diplomacia brasileira, de depor Maduro hoje com apoio de militares.

“A pior situação é a permanência do narcoditador Maduro no poder. Apoio toda e qualquer tentativa de retirá-lo do poder pelo bem dos venezuelanos que estão morrendo de fome nesta crise humanitária”, publicou o deputado, que assumiu protagonismo na política externa brasileira e preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Próximo da direita venezuelana, Eduardo Bolsonaro disse que quem exerce o poder de fato ainda é Maduro. Ele disse que autoridades americanas garantiram que Guaidó está sob proteção do país.

Mais cedo, o governo Jair Bolsonaro descartou completamente a possibilidade de enviar tropas brasileiras para uma ação militar externa no país vizinho. O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que é "muito pequena" a probabilidade de o Brasil dar apoio logístico e facilitar uma eventual entrada de tropas lideradas pelos Estados Unidos, por meio do território brasileiro. Em entrevista à TV Bandeirantes, Bolsonaro declarou que quem tem todas as cartas na mesa é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

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