
06 de janeiro de 2012 | 16h28
Testemunhas viram um homem botar fogo nas próprias roupas perto do Monastério Kirti, no município de Aba, na província de Sichuan, por volta das 14h30 (horário local), disse em comunicado a organização Free Tibet, com sede em Londres.
O grupo citou fontes que disseram que o homem pediu o retorno do líder espiritual tibetano exilado, o Dalai Lama, antes que as forças de segurança chinesas apagassem as chamas e o retirassem dali.
O estado do homem, que não seria um monge budista, não foi informado.
Uma segunda autoimolação ocorreu perto dali, por volta do mesmo horário, disse a Free Tibet. Segundo fontes, essa pessoa teria morrido no local antes que o corpo fosse removido.
O comunicado do grupo foi divulgado na noite de sexta-feira no horário da China, tornando impossível verificar os incidentes com as autoridades chinesas.
Os outros tibetanos que atearam fogo aos próprios corpos nos últimos 10 meses, a maioria deles monges budistas e outros religiosos, teriam pedido liberdade para o Tibet e a volta do Dalai Lama, de 76 anos, que fugiu para a Índia em 1959.
Pelo menos seis desses incidentes foram fatais.
Para o governo chinês, os protestos são um desafio pequeno, mas desestabilizador, a suas políticas regionais, que segundo ele tiraram os tibetanos da miséria e servidão.
(Reportagem de Michael Martina)
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