22 de março de 2019 | 22h31
Após compromissos oficiais, e enquanto manifestantes realizavam um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no centro de Santiago, no Chile, o brasileiro resolveu passear a cerca de 20 quilômetros do local e comer hambúrguer. O protesto contra ele foi organizado no Paseo Bulnes, uma rua dedicada a pedestres e palco frequente de manifestações nas proximidades do Palácio de La Moneda, sede do governo chileno.
Bolsonaro saiu do hotel onde está hospedado por volta das 18h30 e voltou cerca de duas horas depois. Nesse período, foi ao shopping Alto Las Condes, em uma região nobre de Santiago, a 15 quilômetros do local dos protestos. Nos corredores do centro comercial, cumprimentou pessoas, posou para fotos e segurou crianças no colo.
Dali, foi à hamburgueria Dr. Jack, no mesmo bairro, onde ficou cerca de uma hora com assessores. Bolsonaro pediu hambúrguer com cebola e tomate e bebeu suco de abacaxi. Gastou cerca de 12 mil pesos chilenos, o equivalente a R$ 69 reais. De acordo com o gerente do estabelecimento, Juan Pablo Vera, cada integrante da comitiva pagou sua despesa individualmente com cartão de crédito. "Ele [Bolsonaro] apenas disse que estava bem, acenou e mais nada", relatou o gerente.
A reserva no local foi feita pela assessoria de Bolsonaro sete horas antes. A condição foi que o segundo andar da hamburgueria fosse reservada ao grupo. No local, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também comeu hambúrguer e pediu um chope para beber.
Ao sair da hamburgueria, o presidente atendeu a outros pedidos de fotos.
- Jair Bolsonaro visita um shopping em Santiago/Chile e é festejado por seus frequentadores: pic.twitter.com/fCNf8gDs4A — Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 23 de março de 2019
Mais cedo, ao ser questionado sobre os protestos que seriam realizados em Santiago, Bolsonaro minimizou as manifestações. "No Brasil, também tem meia dúzia que protesta contra mim o tempo todo. Se tem aqui, é normal", disse.
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