O presidente Michel Temer divulgou na tarde desta sexta-feira, 6, nas redes sociais um vídeo para exaltar o Nobel da Paz de 2017 concedido à Campanha Internacional para Abolição das Armas Nucleares (Ican).“O prêmio é justo reconhecimento por seus esforços incansáveis em favor de um mundo livre de armas nucleares”, afirmou o presidente, que foi a 1ª autoridade a assinar o tratado contra armas nucleares que rendeu o prêmio à Ican.
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A organização concedeu nesta sexta-feira o prêmio ao grupo por seu trabalho em voltar as atenções para as consequências humanitárias catastróficas de qualquer uso de armas nucleares e por seus esforços pioneiros para alcançar um pacto com base na proibição de tais armamentos.
Segundo o presidente, esses esforços “aos poucos geram resultados”. “Expressão notável é o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, adotado recentemente na ONU. Eu tive até a honra de ser o primeiro chefe de Estado a assinar o tratado, no mês passado, em Nova York”, comentou Temer.
De acordo com o presidente, o tratado preenche lacuna histórica. “As armas nucleares eram os únicos armamentos de destruição em massa ainda não proibidos pelo direito internacional. E essa era a situação que não podia perdurar. Estamos falando de armas que causam devastação de maneira indiscriminada. Que põem em risco a paz, a segurança, a saúde humana, o meio ambiente em escala global. E continuam a ser ameaças reais no mundo de hoje”, diz Temer no vídeo.
Expresso meu contentamento com a Campanha Internacional para Abolição de Armas Nucleares, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz. pic.twitter.com/ZXasekp0ZM — Michel Temer (@MichelTemer) 6 de outubro de 2017
Temer afirma ainda que o Brasil tem compromisso histórico com a abolição das armas nucleares e a Constituição veda o uso de tecnologia nuclear para fins não pacíficos. “É com esse compromisso, é com essas credenciais, que nossa diplomacia esteve à frente das negociações do Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares”, diz o presidente.
Na mensagem, o presidente conclama outros países a assinarem o compromisso. “Que os países que ainda não se associaram ao tratado possam fazê-lo no mais breve prazo. Que as potências nucleares possam assumir novos compromissos de desarmamento. Esse é o caminho para um mundo mais seguro, para a paz duradoura. Seguiremos engajados nesta, que é causa de toda a humanidade”, finaliza o presidente.