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Embaixada de Israel pede que Colômbia reveja reconhecimento da Palestina

Representação pediu ao presidente Iván Duque a revogação do reconhecimento da Palestina como Estado livre, independente e soberano; decisão foi tomada pelo governo anterior, dias antes da transição de poder

Atualização:

BOGOTÁ - A embaixada de Israel na Colômbia pediu ao governo colombiano a revisão do reconhecimento da Palestina como Estado livre, independente e soberano. A representação disse que a decisão "vai em direção oposta" às "relações estreitas" entre os dois países.

Jovem carrega bandeira palestina durante protesto Foto: Baz Ratner/Reuters

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"Solicitamos ao Governo colombiano que reveja a decisão da administração anterior, tomada em seus últimos dias, que vai em direção oposta às relações estreitas, à ampla cooperação em áreas vitais e aos interesses de ambos os povos", cobrou a embaixada em comunicado enviado ao presidente recém-empossado, Iván Duque.

O reconhecimento da Palestina como Estado foi um dos últimos atos do ex-presidente Juan Manuel Santos, que deixou o cargo na terça-feira, 7, e suas implicações serão analisadas pelo novo governo, informou o novo chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo. A carta com a decisão foi divulgada nesta quarta-feira, mas a representação palestina já havia sido informada da decisão no começo do mês.

A embaixada de Israel disse ter se sentido "muito surpreendida e decepcionada" com a última decisão do governo de Santos. "É de se esperar que um governo amigo lhe informe com antecedência de uma mudança de política tão crucial a um aliado", informou a representação. "Trata-se de um tapa a um amigo fiel, que contradiz a qualidade e a proximidade das relações entre os países e seus líderes".

Mais cedo, o chanceler Trujillo afirmou que, para o novo governo, a "prioridade será manter as relações de cooperação com aliados e amigos visando o compromisso de paz e segurança internacional". Questionado se a administração Duque planeja revogar o reconhecimento, o chanceler comentou apenas que "irá analisar todas as implicações do conteúdo da carta" e que as decisões serão tomadas "conforme o direito internacional". //EFE

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