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Embaixada dos EUA no Iêmen é fechada por segurança

Por Agencia Estado
Atualização:

A Embaixada dos EUA no Iêmen foi fechada hoje por razões de segurança, e a proteção ao prédio foi reforçada devido a revelações de que um míssil americano Hellfire, disparado por um avião da CIA, matou um importante membro da rede terrorista Al-Qaeda no país. O envolvimento da CIA pode provocar retaliações, num país onde militantes islâmicos operavam livremente no passado e a maioria da população se opõe às políticas dos EUA em relação ao Iraque e considera que os americanos são tendenciosos a favor de Israel, no conflito com os palestinos. Funcionários da Embaixada, que pediram para não ser identificados, disseram que a missão diplomática foi fechada e foi pedido ao governo iemenita para reforçar a segurança do prédio. Eles não informaram se houve uma ameaça específica que originou a decisão, nem quando a Embaixada será reaberta. No domingo, Qaeda Salim Sinan al-Harethi foi morto, junto com cinco outros supostos membros da Al-Qaeda, na província de Marib. Autoridades americanas em Washington confirmaram na terça-feira que o carro em que viajava al-Harethi foi atingido por um míssil ar-terra Hellfire, disparado por um avião teleguiado Predator. Al-Harethi era procurado há mais de um ano por suposta participação no atentado de outubro de 2000 contra o navio de guerra USS Cole em Áden, Iêmen, que matou 17 marinheiros. Ele era considerado um dos principais representantes de Osama bin Laden no país. A cooperação do Iêmen com autoridades dos EUA na guerra contra o terrorismo é uma questão delicada neste país árabe, onde a Al-Qaeda é ativa e do qual a família de Bin Laden é originária. Autoridades iemenitas pareciam ter sido apanhadas de surpresa com o vazamento, em Washington, da informação de que o míssil que matou Al-Harethi foi disparado pelos EUA, e oficiais recusaram-se a discutir abertamente a notícia.

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