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Embaixada israelense lamenta morte de brasileiros no Líbano

Nota publicada no site da embaixada israelense no Brasil manifesta pesar pela situação da população civil "não envolvida em ações terroristas"

Por Agencia Estado
Atualização:

Em nota publicada em seu site na internet, a Embaixada de Israel no Brasil lamentou a morte dos quatro cidadãos brasileiros vítimas de um bombardeio israelense na cidade de Srifa, no Sul do Líbano. Um casal de adultos libaneses naturalizados brasileiros e seus dois filhos - uma menina de 4 anos e um menino de 8 -, brasileiros natos, estavam dentro de um prédio atingido por jatos israelenses. Outros seis civis libaneses morreram na ação. No comunicado, a embaixadora israelense, Tzipora Rimon, também lamentou a situação da "população civil não envolvida em ações terroristas", mas justificou a ofensiva de Israel no Líbano classificando-a como uma resposta à "agressão" praticada pelos guerrilheiros do Hezbollah. "Israel precisa responder com a devida severidade a essa agressão", diz a nota, referindo-se a invasão do território israelense por membros do Hezbollah, ação que resultou na morte de oito e a captura de dois soldados de Israel pela guerrilha. Tzipora reitera ainda a posição do governo israelense, que considera o governo libanês responsável pela ação e pela saúde dos soldados capturados. Segundo Tzipora, a ofensiva israelense está ancorada na Resolução do Conselho de Segurança da ONU nº 1559, que pede o desmantelamento de todas as milícias libanesas e não libanesas que operam no Líbano. Veja abaixo a nota na íntegra Nota da Embaixadora do Estado de Israel no Brasil, Tzipora Rimon Quinta-feira, 13 de julho de 2006 Foi com grande pesar que a Embaixada de Israel no Brasil tomou conhecimento da morte de uma família de nacionalidade brasileira durante atividades das Forças de Defesa de Israel no sul do Líbano. Israel lamenta a situação em que a população civil não envolvida em ações terroristas é atingida. Essa é mais uma trágica conseqüência da presença de terroristas entre a população civil. Como sabem, Israel enfrentou ontem (12 de julho) um grave acontecimento, quando forças do Hezbollah, organização terrorista libanesa, cruzou a fronteira norte de Israel e atacou, dentro do território do Estado de Israel, uma patrulha de rotina das Forças de Defesa de Israel. Israel sofreu, como resultado do ataque, a perda de oito soldados, outros ficaram feridos e dois soldados foram seqüestrados. Essa ação, juntamente com os acontecimentos iniciados no mês passado, cria uma nova e complexa realidade com a qual Israel se vê obrigado a lidar. O ataque do Hezbollah, como o ataque de 25 de junho realizado pelo Hamas em Kerem Shalom, próximo a Faixa de Gaza, é produto daqueles que perpetram o terrorismo e daqueles que o abrigam. Israel precisa responder com a devida severidade a essa agressão e ao lançamento de katyoushas, que matam e ferem civis israelenses em vilarejos e cidades na porção norte do país - entre elas a importante cidade de Haifa, a mais de 40km da fronteira. Israel responderá duramente àqueles que realizaram e são responsáveis por essas ações e trabalhará para frustrar atos e esforços desse tipo. O governo soberano do Líbano é responsável pela ação originada em solo libanês e pelo retorno dos soldados seqüestrados a Israel. Israel demanda que o governo libanês implemente a Resolução do Conselho de Segurança da ONU nº 1559 (ver abaixo). De qualquer forma, não há dúvida que o Hezbolah, uma organização terrorista que continua a operar dentro do Líbano, iniciou e executou a ação de ontem (12 de julho). A comunidade internacional entende que cada país, incluindo Israel, deve agir contra alvos inimigos como o Hezbollah. Israel espera contar com o apoio da comunidade internacional para que os soldados israelenses seqüestrados retornem em segurança a Israel e para que o governo libanês implemente em sua totalidade a Resolução do Conselho de Segurança da ONU nº 1559. Dessa forma, eventos trágicos como a morte da família brasileira poderão ser evitados. Resolução nº 1559 - 02 de setembro de 2004 Principais pontos: * Demanda que todas as forças estrangeiras saiam do Líbano; * Pede o desmantelamento de todas as milícias libanesas e não libanesas que operam no Líbano; * Requer a ampliação da soberania e o controle do governo libanês sobre seu território.

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