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Embaixador israelense nega mudança de posição para negociações

Segundo o diplomata, política de Israel segue sendo 'a mesma'; TV local disse que país concordara em fronteiras pré-1967

Por Gabriel Toueg
Atualização:

Soldados israelenses diante de bloco de assentamentos judaicos na Cisjordânia

 

BRASÍLIA - O embaixador de Israel em Brasília, Giora Becher, disse ao estadão.com.br nesta terça-feira, 2, que não conhece qualquer mudança de política de seu país com relação à negociação com os palestinos.

 

 

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Becher disse que o país está disposto a discutir fronteiras e questões de segurança com os palestinos, mas que não há qualquer mudança com relação ao traçado dos limites. "Isso é completamente novo", disse.

 

Uma fonte do governo israelense teria dito, segundo a AFP, que Jerusalém estaria disposto a retomar o diálogo com os palestinos tendo como base a proposta americana. A condição, segundo a agência, seria que os palestinos desistissem de buscar o reconhecimento unilateral de um Estado na ONU em setembro.

 

Na segunda-feira, o Canal 2 da TV israelense mencionou um "funcionário do gabinete de Israel" segundo quem o premiê Benjamin Netanyahu teria aceitado negociar as fronteiras da Cisjordânia com base nos limites anteriores à guerra de 1967, como o presidente dos EUA, Barack Obama, sugeriu em um discurso em maio.

 

Segundo a emissora, Netanyahu aceitaria usar as linhas de cessar-fogo como base para um acordo de fronteiras, mas a intenção seria trocar territórios com os palestinos com o objetivo de manter no "lado israelense" os principais assentamentos judaicos, em linha com a proposta de Obama.

 

Também na segunda, o jornal britânico Daily Telegraph entrou em contato com uma fonte do governo israelense que disse que a oferta dependeria da disposição dos palestinos em desistir de sua campanha pelo reconhecimento de seu Estado na ONU em setembro.

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As fontes não foram identificadas.

 

"Nós queremos restabelecer as conversas de paz para aceitar uma proposta que tem elementos de difícil aceitação para Israel", disse. A Autoridade Palestina disse não ter recebido nenhuma proposta.

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