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Embaixadora diz que EUA não ajudaram no golpe contra Chávez

Por Agencia Estado
Atualização:

A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil Donna Hrinak, negou nesta sexta-feira que o governo norte-americano tenha apoiado e financiado, direta ou indiretamente, o golpe contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Conheço muito bem a nossa política em relação à Venezuela. Nem luz verde, nem amarela para qualquer ação fora da Constituição", afirmou Donna Hrinak, que foi embaixadora na Venezuela até fevereiro. A declaração foi uma resposta à reportagem do The New York Times afirmando que grupos de oposição a Chavez receberam milhares de dólares da Fundação Nacional pela Democracia, agência sem fins lucrativos criada e financiada pelo Congresso norte-americano. O orçamento da fundação para a Venezuela pulou de US$ 258 mil em 2000 para US$ 877 mil em 2001. Uma das entidades - o Centro Americano para Solidariedade Trabalhista Internacional (ACILS) - ligadas à Confederação dos Trabalhadores da Venezuela, cujo líder Carlos Ortega trabalhou junto a Pedro Carmona (o empresário que ocupou a Presidência após a destituição de Chavez), chegou a receber no ano passado a quantia de US$ 154.377, de acordo com o jornal. Outra ONG, o Instituto Republicano Internacional, que tem laços com a administração do presidente George W. Bush, recebeu mais US$ 339.998 para a formação de partidos na Venezuela. A embaixadora norte-americana reconheceu as doações, mas disse que os dólares "serviram para financiar alguns grupos trabalhando para fortalecer municípios e para a educação cívica no país. A política americana é a favor da democracia", disse Donna Hrinak. De acordo com o site da fundação, o ACILS também recebeu em 2000 cerca de US$ 420 mil para investir no Brasil em ações pela igualdade racial nos ambientes de trabalho, em campanhas para a organização dos trabalhadores da economia informal e em publicações sindicais.

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