Emboscada deixa pelo menos dois mortos em Bagdá

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos duas pessoas morreram hoje em uma emboscada da guerrilha iraquiana contra um comboio de quatro carros ocupados por britânicos numa estrada ao norte de Bagdá, disseram forças de segurança e testemunhas. Os mortos seriam um segurança e um pedestre, ambos iraquianos. Há relatos de que pelo menos dois estrangeiros foram mortos e três seqüestrados, mas a chancelaria britânica desmentiu essa informação. Franco-atiradores dispararam contra os veículos e três deles se chocaram contra uma barricada. Horas depois, grupos de jovens incendiaram os carros. Um policial e várias pessoas disseram que os atacantes arrastaram cinco ou seis pessoas "de aparência ocidental" e fugiram com elas. Já a chancelaria britânica e algumas testemunhas disseram que quatro britânicos e outro iraquiano conseguiram apoderar-se de um carro que passava e fugir. A situação se manteve crítica hoje na região xiita, ao sul de Bagdá, numa nova demonstração da fragilidade da trégua acertada na quinta-feira entre as forças dos Estados Unidos e o clérigo Muqtada al-Sadr, líder das Brigadas Al-Mahdi. Dois soldados americanos ficaram feridos hoje num ataque em Najaf. Milicianos xiitas acusaram as tropas dos EUA de terem disparado perto da mesquita principal, danificando uma muralha. A rede de TV a cabo americana CNN, que acompanha uma unidade militar dos EUA, informou que houve um intenso combate esta noite em Kufa, cidade vizinha de Najaf, quando os soldados tentaram tomar o controle da delegacia de polícia. Militares entrevistados pela emissora disseram que foi o maior confronto em Kufa nas últimas semanas. Em Bagdá, permanece o impasse sobre a nomeação do presidente do governo interino que tomará posse em 30 de junho. Os EUA estão pressionando pela nomeação de Adnan Pachachi, mas a maioria dos membros do Conselho de Governo apóia Ghazi Ajil al-Yawer, ambos sunitas. Em entrevista à TV BBC, o primeiro-ministro Tony Blair disse que nas próximas semanas decidirá se o país enviará mais tropas ao Iraque.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.