Emissão de cinzas por vulcão islandês está diminuindo, diz cientista

Segundo ele, não há mais uma coluna de cinzas no topo do vulcão.

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Por Matt McGrath
Atualização:

Um cientista britânico que vem monitorando a erupção do vulcão da geleira Eyjafjallajoekull, na Islândia, disse à BBC que está "cautelosamente otimista", já que a emissão de cinzas parece ter começado a diminuir. David Rothery, do Departamento de Ciências Ambientais e da Terra da Open University, afirmou que suas mais recentes observações mostraram que não há mais uma coluna de cinzas sendo lançada a altas altitudes pelo vulcão, apesar de ele ainda estar em erupção. A nuvem de cinzas vulcânicas originadas na Islândia na última quarta-feira se espalhou pelo resto do norte da Europa, levando ao fechamento do espaço aéreo em 20 países e provocando uma das maiores crises já enfrentadas pela aviação civil. Rothery está estudando o vulcão por meio de imagens transmitidas em tempo real por webcams colocadas no seu topo. Fogo e gelo Segundo ele, o que torna este vulcão tão diferente dos demais no resto do mundo é uma combinação de fogo e gelo. Como sua base está sob uma geleira, o calor do vulcão faz o gelo evaporar. Esse vapor, por sua vez, provoca erupções explosivas que lançam minúsculos fragmentos de rocha a grandes altitudes. Para Rothery o que está ocorrendo no coração do Eyjafjallajoekull é que as águas derretidas da geleira estão sendo impedidas de se misturar com o magma por uma nova parede de lava solidificada. Ele afirma ainda que uma nova fissura pode se abrir a qualquer momento e lançar uma nova nuvem de cinzas gigante na atmosfera. Além disso, mesmo se isso não ocorrer, ainda pode levar dias até que a atual nuvem se disperse. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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