LA PAZ - O presidente da Bolívia, Evo Morales, comemorou nesta terça-feira, 1, o Dia do Trabalhador com a promulgação de uma lei que permite que trabalhadores assumam o comando de indústrias em situação falimentar. O projeto tem sido criticado por empresários, que consideram a lei hostil à propriedade privada.
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O anúncio foi feito em um ato que reuniu milhares de pessoas na cidade de Oruro, no altiplano boliviano, e contou com o apoio da Central Operária Boliviana (COB), que apoia o presidente. No mesmo ato, Evo anunciou um aumento de 3% no salário mínimo nacional.
“Essa lei não é para tirar a indústria das mãos da iniciativa privada, mas para reativar a produção em defesa do trabalhador e do interesse social”, disse Evo.
Para o presidente da COB, Juan Carlos Huarachi, o setor operário se sente capacitado para assumir qualquer função da cadeia produtiva, seja de gerência ou de comando. “Se fecham uma empresa, vamos nos organizar e tomar conta do que for preciso”, garantiu.
O projeto de lei foi aprovado na semana passada pela Assembleia Nacional boliviana e rendeu críticas do setor patronal. Para Ronald Nostas, da Confederação de Empresas Privadas da Bolívia (CEPB), a lei viola direitos básicos.
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“Parece uma grande irresponsabilidade com o país”, disse o dirigente, que também criticou o presidente por aumentar o salário mínimo acima da inflação. Segundo ele, isso diminuirá os investimentos.
Evo tentará um novo mandato depois de apelar para a Justiça contra uma derrota num referendo que o impedia de concorrer novamente. /EFE