Empresa de Ivanka Trump é acusada de usar trabalho escravo na China 

A polêmica revelação ofusca as campanhas de Ivanka para que os americanos comprem apenas produtos 'made in USA' e de emponderamento feminino no local de trabalho

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Por Redação
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NOVA YORK - Semanas com 60 horas de trabalho e pagamento de US$1 por hora são as condições dos empregados chineses de uma fábrica que produz roupas para a marca G-III Apparel, grupo proprietário da marca da filha do presidente dos Estados Unidos, Ivanka Trump. 

Ivanka durante evento em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel (D), e a diretora do FMI, Christine Lagarde Foto: EFE/Carsten Koall

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De acordo com o jornal Washington Post, que cita um relatório da Fair Labor Association, uma organização que promove a defesa dos direitos dos funcionários em esfera internacional, as irregularidades são "exorbitantes" e envolvem diversas horas extras, amplos volumes de tarefas e salários muito abaixo dos estabelecidos em outras regiões da China. 

A polêmica revelação ofusca as campanhas de Ivanka para que os americanos comprem apenas produtos "made in USA" e de emponderamento feminino no local de trabalho. 

No entanto, o jornal admite que não está claro se as mercadorias com a marca da "filha do presidente" são realmente produzidas na fábrica inspecionada, mas a China continua sendo a a principal produtora de roupas assinadas por Ivanka, apesar de sua empresa também trabalhar com companhias de Bangladesh e de diversos países da América do Sul. 

Em outubro, quando ocorreu a inspeção, foi constatado que a G-III Apparel importou aos Estados Unidos 110 toneladas de peças, entre camisas, saias e roupas sociais semelhantes as usadas pela filha de Trump. 

A polêmica surgiu enquanto Ivanka visitava a Alemanha, onde participou de um evento de incentivo ao empoderamento econômico das mulheres, que reuniu a chanceler alemã, Angela Merkel, e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Na ocasião, Ivanka foi vaiada pela plateia. / Ansa 

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