Empresa francesa poderá tratar resíduos nucleares na China

País usa energia nuclear desde os anos 80, mas não tem centrais de tratamentos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A companhia francesa Areva, maior construtora de reatores nucleares do mundo, está em negociações com a Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC) para construir a primeira central de tratamento de resíduos nucleares em território chinês, informou nesta quarta-feira, 25, o jornal oficial Shanghai Daily. "Queremos construir uma usina de reprocessamento e tratamento de resíduos nucleares para a empresa chinesa", afirmou Marc Anniel, diretor de vendas da Areva na Ásia. "O mercado chinês de tratamento de resíduos é enorme e poderia chegar ao nível da França", avaliou. Os governos chinês e francês ainda não começaram as conversas formais sobre a possibilidade de construir a central, disse Anniel. Ele não quis revelar o possível valor do contrato. A estatal espanhola Enresa "não tem ainda projetos na China", mas está participando de uma feira nuclear em Xangai para "buscar potencialidades", explicou à Efe José Luis González, chefe do departamento de relações internacionais da divisão de gestão corporativa. A China utiliza reatores nucleares desde os anos 80, e ainda não conta com instalações apropriadas para a gestão dos resíduos. Os nove reatores nucleares em funcionamento produzem 2,3% da energia consumida na China. O objetivo da CNNC é elevar a percentagem para 4% até 2020, com mais de 30 reatores. Areva, Westinghouse e General Electric, entre outras, disputam um mercado que prevê a construção de pelo menos 26 reatores até 2020. A China deve começar a construir duas centrais de processamento de resíduos nucleares no leste e sudoeste do país por volta de 2010, segundo afirmou a Comissão de Ciência, Indústria e Tecnologia dse Defesa Nacional, na semana passada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.