
03 de novembro de 2015 | 09h51
HAVANA - A empresa Sprint se tornará em breve a primeira operadora de telefonia móvel dos EUA a oferecer serviço de roaming direto em Cuba. A companhia assinou nesta segunda-feira, 3, um acordo com a estatal cubana de telecomunicações Etecsa.
“Este acordo entre a Sprint Communications Company LP e a ETECSA facilita aos clientes da Sprint fazer e receber chamadas, enviar e receber mensagens de texto (SMS) e transmitir dados na rede da ETECSA com seus próprios telefones", destacaram as empresas em um comunicado conjunto, lido pela diretora de Serviços Internacionais da ETECSA, Vivian Iglesias.
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O serviço começará a funcionar "uma vez que tiverem sido concluídos os testes técnicos e resolvidos os detalhes das operações financeiras", acrescentou o texto, assinado durante a Feira Internacional de Havana, inaugurada na segunda-feira no EXPOCUBA, principal local da ilha para eventos, no sul de Havana.
As partes devem definir as condições de pagamento por meio de países terceiros, pois o embargo que os EUA aplicam à ilha desde 1962 impede qualquer transação direta entre bancos das duas nações, assim como o uso por Cuba do dólar como moeda de pagamento.
"Para mim, este é um passo muito importante", pois "a conectividade é uma ferramenta muito importante para o progresso", disse o diretor executivo da Sprint, Marcelo Claure, após assinar o pacto com a diretora de Serviços Móveis da ETECSA, Hilda Areas.
Claure pediu "o livre fluxo de americanos a Cuba", por enquanto proibido pelo embargo, que limita as viagens a 12 categorias.
Controlada pelo grupo japonês de telecomunicações Softbank, a Sprint tem 57 milhões de clientes e emprega mais de 30 mil pessoas. Está entre as quatro grandes operadoras de telefonia móvel dos EUA, junto com AT&T, Verizon e T-Mobile.
No final de setembro, a Verizon anunciou que ofereceria um serviço de roaming aos seus clientes que viajassem para a ilha, mas por meio de um intermediário, o que, segundo a ETECSA, faz com que este "serviço não tenha boa qualidade e que os preços sejam elevados". /AFP
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