Empresários do Golfo querem boicotar produtos europeus

Câmaras de comércio darão preferência a produtos de países que não desrespeitem Maomé

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação das Câmaras de Comércio dos países do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG) pediu neste sábado aos empresários muçulmanos que repassem a seus sócios europeus a mensagem de que podem pagar pelas conseqüências das ofensas ao Islã. Um comunicado da federação, cuja sede fica na Arábia Saudita, citado por agências de notícias da região, fez uma convocação a companhias e empresários árabes e muçulmanos para que dêem preferência a produtos locais e promovam produtos árabes, muçulmanos e de países considerados amigos. A federação propõe a lembrança a todos os europeus com investimentos na região de que "pagarão as conseqüências" caso seus respectivos países estejam envolvidos em ofensas contra o Islã. O comunicado fez uma convocação às câmaras de comércio para que invistam em seus próprios países e não tenham tratos com ninguém que se comporte de forma desrespeitosa com o profeta Maomé e as crenças islâmicas. Advertiu que estes atos "maus" incitam o terrorismo e a violência e impõem blocos ao diálogo e à cooperação entre os povos. A aliança política e econômica dos ricos países petroleiros do CCG é integrada por Arábia Saudita, Omã, Catar, Barein, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, países onde várias empresas européias têm investido grandes valores nos últimos anos.

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