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Encontrados rastros radioativos em aviões da British Airways

Aeronaves foram examinadas dentro da investigação da morte de ex-espião russo

Por Agencia Estado
Atualização:

A British Airways (BA) divulgou que foram encontrados rastros de uma substância radioativa em dois aviões da companhia aérea. Um terceiro avião foi examinado e todas as aeronaves foram retiradas de circulação, explica a companhia. As aeronaves foram examinadas pela polícia britânica dentro da investigação sobre a morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, que morreu envenenado na quinta-feira passada. O ex-agente, conhecido por suas críticas ao presidente russo, Vladimir Putin, morreu em conseqüência de uma grande dose de uma radiação emitida pelo polônio 210. Foram encontrados vestígios da substância no hotel e no restaurante japonês onde Litvinenko esteve, e também na sua casa, no bairro de Muswell Hill, no norte de Londres. A companhia informou ter sido contatada na noite de terça-feira pelo governo britânico, que lhe comunicou que três de seus aparelhos haviam sido identificados com a substância. "Os resultados iniciais das provas forenses, que foram confirmados esta tarde, mostraram traços de uma substância radioativa a bordo de dois dos três aviões analisados", explicou a companhia aérea em comunicado, no qual afirmou que os três aviões operam em rotas européias. Um porta-voz da companhia aérea disse que os aviões haviam sido examinados, pois as "pessoas envolvidas no caso Litvinenko" tinham viajado nele. "A British Airways foi informada de que a investigação está reduzida unicamente a estes três B767, que permanecerão fora de serviço até novo aviso", disse a companhia aérea, enfatizando que o risco para a saúde pública nas aeronaves era baixo. Envenenamento Em 1º de novembro, dia em que Litvinenko adoeceu repentinamente, ele havia se reunido em um hotel de Londres com dois russos, um dos quais é um ex-agente do KGB (antigo serviço de espionagem soviético). No mesmo dia, o ex-espião se reuniu com o professor italiano Mario Scaramella, que tem bons contatos no mundo da espionagem, em um restaurante japonês no centro de Londres. Em carta, Litvinenko acusa o presidente russo de ter ordenado o seu envenenamento.

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