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Enfermeira britânica é denunciada pelo homicídio de oito bebês

A mulher, de 30 anos, já era suspeita dos crimes desde 2018, quando foi presa pela primeira vez, mas foi liberada na época por falta de provas

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Por Redação
Atualização:

CHESTER, REINO UNIDO -  A enfermeira britânica Lucy Letby, de 30 anos, foi presa acusada do assassinato de oito bebês e da tentativa de matar outros dez em um hospital em Chester, no noroeste do Reino Unido, segundo informações divulgadas pela polícia de Cheshire nesta quarta-feira, 11. A mulher já era suspeita dos crimes desde 2018, quando foi presa pela primeira vez, mas foi liberada na época por falta de provas.

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Letby, que reside em Hereford, perto de Chester, será levada ao Tribunal de Warrington na quinta-feira, de acordo com comunicado emitido pelas forças de segurança.

As acusações contra ela dizem respeito ao período entre junho de 2015 e junho de 2016, quando houve várias mortes por causas até então inexplicáveis de recém-nascidos no Hospital Condessa. Os pais de todos os bebês envolvidos no caso estão recebendo informações oportunas das autoridades, bem como apoio psicológico.

Enfermeira teria matado bebês entre 2015 e 2016 Foto: Andrew Yates/REUTERS

"Os serviços do promotor autorizaram a polícia de Cheshire (condado cuja capital é Chester) a indiciar uma profissional de saúde por assassinato no âmbito de uma investigação sobre a morte de um certo número de bebês" na unidade neonatal do hospital de Chester, informou a nota.

O caso chocou o Reino Unido, especialmente depois que as suspeitas das mortes dos recém-nascidos começaram a ser direcionadas à enfermeira, em 2018. 

A polícia lembrou hoje que Letby tem direito a um julgamento justo e que as informações ou comentários não devem ser compartilhados na internet, com o risco de prejudicar os procedimentos em andamento.

A enfermeira trabalhou como estagiária no hospital público por três anos, antes de terminar seus estudos na universidade local e se especializar como enfermeira infantil. Depois disso, a ré trabalhou na unidade neonatal, especializando-se em bebês que requerem diferentes níveis de cuidados.

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Todos os anos, a unidade cuida de cerca de 400 bebês, mas desde o fim de julho de 2016 deixou de admitir crianças nascidas antes das 32 semanas de gestação, período a partir do qual não foram registradas mais mortes.

Um relatório publicado em 2017 pelo Royal Medical College of Paediatricians and Child Health concluiu que não havia causa alguma para explicar o aumento de mortes na unidade, registrado a partir de 2014. Três recém-nascidos morreram nesse ano, oito em 2015 e seis em 2016. /EFE e AFP

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