Engenheiros iniciam operação para erguer Costa Concordia

Resgate deve durar o dia todo; técnicos irão procurar dois corpos que continuam desaparecidos

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Por Redação
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Equipes de engenharia começaram a erguer nesta segunda-feira, 16, o navio Costa Concordia. O gigantesco casco de 114,5 mil toneladas está tombado há mais de 20 meses, na costa da ilha de Giglio, na Itália. O navio naufragou após bater em rochas, em 13 de janeiro de 2012. Ao menos 32 pessoas morreram no acidente.

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Após um atraso de três horas por causa de uma tempestade durante a madrugada, que chegou a interromper os preparativos finais, os técnicos iniciaram a operação por volta de 4h (horário de Brasília). A atividade deve durar o dia todo.

O acidente foi causado por erros de avaliação pelos quais o capitão Francesco Schettino está sendo processado penalmente.

Com um custo estimado em mais de 600 milhões de euros (795 milhões de dólares), o resgate é composto por uma equipe internacional de 500 engenheiros que estão na ilha desde o ano passado, estabilizando a embarcação e preparando o início da operação que consiste em endireitá-la, para que o navio possa então ser rebocado para um estaleiro onde será desmontado.

Grandes seguradoras do setor marítimo acompanham atentamente a operação de resgate do navio. Eventuais problemas na operação poderão ter um impacto significativo sobre futuras apólices.

Os engenheiros se dizem confiantes no sucesso da operação, embora o processo nunca tenha sido tentado sob condições tão difíceis em um barco desse tamanho."Ele está sobre a lateral de uma montanha no leito marinho, equilibrado sobre dois corais, e é um navio realmente grande. Então é algo que nunca foi feito nessa escala", disse o engenheiro sul-africano Nick Sloane, que participa da tarefa.

O endireitamento do navio deve levar 10 a 12 horas, e a fase mais delicada deveria ser o início, quando polias hidráulicas começariam a erguer milhares de toneladas de metal do leito rochoso. Durante a operação, os técnicos também irão procurar os corpos de um tripulante e uma passageira que continuam desaparecidos. / REUTERS

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