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Entenda a ampliação da China como potência geopolítica em cinco artigos

Política de Xi Jinping o levará a ser nomeado o líder mais poderoso do país em 40 anos pelo Congresso do Partido Comunista Chinês; saiba mais sobre o papel de Pequim no cenário mundial

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Por Redação
Atualização:

O presidente chinês, Xi Jinping, discursou no 19.º Congresso do Partido Comunista da China e ressaltou o crescimento do país. Segundo ele, a China está empenhada em dar apoio à cooperação internacional, à integração econômica global e ao mundo em desenvolvimento.

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Como consequência de seu pensamento e política, o evento deste ano vai consolidá-lo como o governante mais poderoso do país em 40 anos, com a inclusão de seu nome nos estatutos do partido, colocando-o à altura do fundador do regime, Mao Tsé-tung. Entenda a importância de Pequim no cenário mundial nos cinco artigos abaixo.

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Xi Jinping disse que a China está empenhada em dar apoio à cooperação internacional, à integração econômica global e ao mundo em desenvolvimento Foto: EFE/ Roman Pilipey

As cinco lições do líder chinês

O presidente Xi Jinping disse que dará à China uma base de apoio mais segura, com a contenção dos riscos financeiros, incentivo à inovação e aumento dos gastos dos consumidores. Mas ele também evitou defender reformas liberalizantes que líderes anteriores, como Deng Xiaoping, usaram para levar a China ao crescimento estrondoso dos anos 80 e 90. Desde então, esmoreceu o entusiasmo chinês pelas forças do mercado – e o discurso de Xi confirmou a tendência. Ele usou a palavra “mercado” apenas 19 vezes, em comparação com as 24 vezes que Hu Jintao a usou no congresso anterior, em 2012, e 51 vezes pelo então presidente Jiang Zemin, no congresso de 1997. Leia mais aqui.

Reunião crucial

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O PCC realiza congressos desde a sua fundação. O primeiro foi em 1921. Sua periodicidade quinquenal foi adotada por Deng Xiaoping, nos anos 80, como parte de seus esforços para instaurar um pouco de ordem e previsibilidade após o caos da Revolução Cultural. Deng também introduziu alguns preceitos que há 20 anos têm sido observados. É o caso da diretiva segundo a qual o líder do partido deve deixar o poder após dois mandatos, indicando seu sucessor ao fim do primeiro deles (o que significa que Xi deveria fazer isso agora). Leia mais aqui.

O homem mais poderoso do mundo

Os presidentes americanos têm o hábito de falar com certo assombro de seus colegas chineses. Um Richard Nixon bajulador disse a Mao Tsé-tung que seus escritos haviam “transformado o mundo”. Para Jimmy Carter, Deng Xiaoping era uma sucessão de adjetivos lisonjeiros: “perspicaz, firme, inteligente, franco, corajoso, bem-apessoado, autoconfiante, afável”. Bill Clinton descreveu o então presidente da China, Jiang Zemin, como um “visionário”, “um homem de inteligência extraordinária”. Donald Trump não parece menos impressionado. Segundo o Washington Post, ele teria dito que o atual líder da potência asiática, Xi Jinping, é “provavelmente o mais poderoso” que a China já teve em cem anos. Talvez Trump tenha razão. E, se para um presidente americano a afirmação não significasse um suicídio político, poderia ter acrescentado: “Xi Jinping é o líder mais poderoso do mundo”. Leia mais aqui.

A estratégia de Xi para consolidar o poder

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O 19.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC) parece uma viagem no tempo. Os rostos são outros, mas a decoração, os rituais, até os nomes são os mesmos da era soviética: Politburo, Comitê Central, secretário-geral. Há ainda o indefectível minueto de bastidores – e especulações dignas dos kremlinólogos. Xi é objeto do maior culto à personalidade desde Mao Tsé-tung. Mas sua influência real será medida pelas mudanças na Constituição do PCC. Só Mao pôs o próprio nome no documento enquanto estava no poder. Deng Xiaoping passou a ser citado depois de morto. Os dois antecessores de Xi incluíram ideias sem ser citados. Leia mais aqui.

A aliança EUA-China

Durante a campanha presidencial de 2016, e mesmo depois de eleito, a hostilidade de Donald Trump para com a China fez soar o alarme de que o mundo poderia sucumbir a uma guerra comercial – se não a uma guerra no sentido literal. Não foi o rumo tomado pelo presidente americano. Suas negociações com o presidente Xi Jinping apontam para a construção de um acordo amplo, no qual o comércio é colocado sobre a mesa com o tema da defesa. Depois de ameaçar os produtos chineses com tarifas de importação de 45%, Trump conversou pelo telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, com isso abandonando a base de qualquer negociação com Pequim: o princípio de uma única China. Leia mais aqui.

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