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Entenda a polêmica em torno do programa nuclear do Irã

Sob a ameaça de sanções, Teerã insiste em continuar com seu programa nuclear gerando preocupação na comunidade internacional

Por Agencia Estado
Atualização:

Acusado de manter um programa nuclear secreto para a produção de armamentos, o Irã está na mira das potências internacionais desde 2002. Acompanhe o desenrolar da crise. Dezembro de 2002: Uma TV dos EUA mostra imagens de satélite de duas instalações nucleares iranianas, até então desconhecidas. Surge a desconfiança de que as instalações estão sendo utilizadas para o desenvolvimento de um programa nuclear secreto, cujo objetivo é criar armamentos nucleares Outubro de 2003: Irã diz que sua finalidade é pacífica e aceita assinar um compromisso, pelo qual se sujeita a inspeções mais amplas e de última hora Novembro de 2004: O Irã concorda em congelar todas as atividades relacionadas à produção de urânio enriquecido - que pode ser usado tanto para usinas de energia elétrica como na fabricação de armas Fevereiro de 2005: Surgem informações de que o pai da bomba atômica do Paquistão passou ao Irã know-how sobre a fabricação do artefato Julho de 2005: Mahmoud Ahmadinejad é eleito presidente do Irã. Alinhado com os radicais do regime, adota um discurso anti-ocidente Agosto de 2005: O Irã rejeita proposta dos europeus de lhe conceder incentivos econômicos em troca do abandono do enriquecimento de urânio Janeiro de 2006: O governo iraniano anuncia a retomada da pesquisa para enriquecimento de urânio Fevereiro: A direção da AIEA aprova resolução encaminhando a questão ao Conselho de Segurança da ONU. Irã e Rússia negociam proposta de que urânio seja enriquecido em usinas russas Março: Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - EUA, Reino Unido, França, Rússia e China - optam pela adoção de uma advertência pedindo que Teerã encerre suas atividades nucleares até o dia 28 de abril, mesma data marcada para a entrega do relatório da AIEA sobre a colaboração do Irã Abril: Termina o prazo estipulado pelo Conselho de Segurança e Teerã não congela seu programa de enriquecimento de urânio como havia sido definido Maio: França e Grã-Bretanha enviam ao Conselho de Segurança da ONU um anteprojeto de resolução determinando que o Irã suspenda todas as atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio. O presidente Ahmadinejad escreve uma carta a Bush pedindo "novas soluções" para reverter o complicado relacionamento entre o Irã e as potências ocidentais. Diante da possibilidade de uma saída negociada para a crise, membros do Conselho apresentam um pacote de incentivos em troca do congelamento do enriquecimento de urânio por Teerã, mas alertam que caso a proposta não seja aceita, sanções seriam adotadas. Junho: O alto representante da União Européia para a Política Externa e de Segurança Comum, Javier Solana, apresenta ao governo iraniano o pacote de incentivos e sanções. Ahmadinejad afirma que Irã só responderá a proposta no dia 22 de agosto. Julho: Diante da posição iraniana de não dar uma resposta antes do dia 22 de agosto, os cinco membros permanentes do Conselho, mais a Alemanha, decidem levar o caso novamente ao Conselho, com a possibilidade de aplicar sanções. 12 de Julho: O Conselho de Segurança aprova uma resolução estipulando o dia 31 de agosto como prazo final para que o Irã suspenda seu programa de enriquecimento de urânio. Caso não cumpra com o pedido, Teerã estará sujeito a sanções econômicas e diplomáticas

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