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Entenda polêmica sobre demissão de procuradores nos EUA

País vive nova crise política após a demissão de oito promotores federais supostamente críticos à administração. Escândalo ameaça secretário de Bush

Por Agencia Estado
Atualização:

Um escândalo causado pela demissão de oito promotores federais americanos ameaça a permanência no cargo do secretário de Justiça dos EUA, Alberto Gonzales. A polêmica ganhou força depois da revelação de e-mails que indicam a intervenção da Casa Branca nas medidas da pasta. Segundo os críticos, a administração pediu a cabeça de procuradores que atuavam em investigações que prejudicariam o governo. Gonzales teria prontamente aceitado os pedidos. Veja abaixo um histórico do caso. 2005 Janeiro - Governo Bush, reeleito, elabora plano para demitir alguns dos 93 procuradores federais. Kyle Sampson, principal assessor do secretário de Justiça, Alberto Gonzales, cria lista classificando os procuradores por fidelidade partidária e desempenho na função. E-mails comprovam o envolvimento do assessor da Casa Branca Karl Rove no caso Fevereiro - A conselheira jurídica da Casa Branca Harriet Miers sugere a demissão de todos os procuradores 2006 Janeiro - Proposta de Miers é descartada. Escolha dos demitidos será feita pela lista de Sampson Outubro - Bush se queixa com o secretário de Justiça, Alberto Gonzales, sobre procuradores que não estariam investigando casos de fraude eleitoral envolvendo democratas Dezembro - Oito procuradores são demitidos, dos quais sete tinham ficha impecável. Suspeita-se de intervenção da Casa Branca no Judiciário 2007 20 de março - Senado revoga direito de governo nomear procuradores, e Casa Branca nega rumores de que demitirá Gonzales. 21 de março - Comissão da Câmara aprova intimação de Karl Rove e outros assessores da Casa Branca. Governo ameaça usar prorrogativa constitucional para barrar medida, o que pode colocar Executivo e Legislativo em rota de colizão

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