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Enterro da rainha-mãe será realizado dia 9

Por Agencia Estado
Atualização:

O Palácio de Buckingham anunciou neste domingo que o funeral da rainha-mãe da Grã-Bretanha, Elizabeth, que morreu no sábado aos 101 anos, será realizado no dia 9. Ela será enterrada no Castelo de Windsor, ao lado do marido, o rei George VI. Antes, o corpo permanecerá durante quatro dias no Parlamento britânico. O príncipe Charles, acompanhado de seus dois filhos, William e Harry, retornou neste domingo de suas férias na Suíça para chorar a morte da avó. Quebrando o protocolo, Charles e os filhos voltaram no mesmo avião à Grã-Bretanha, algo que a família real evita normalmente por questão de segurança. Charles, o neto favorito da rainha-mãe, manifestou-se desconsolado. A rainha Elizabeth II, que estava ao lado da rainha-mãe na hora de suas morte, passou a tarde de domingo no Castelo de Windsor. O príncipe Andrew, duque de York, deveria retornar ainda neste domingo de Barbados, onde estava de férias com sua ex-mulher, Sarah, e seus filhos. Centenas de pessoas fizeram vigília e depositaram notas e flores diante dos Palácios de Windsor e de Buckingham. Marion Russell, de 59 anos, disse ter passado a noite diante dos portões de Buckingham depois de acender uma vela. "Vi a rainha-mãe por três ou quatro vezes em minha vida. Ela era uma senhora tão linda, que fez tanto por este país", disse, emocionada. Embora não vá haver um funeral de Estado, será realizada uma cerimônia real na Abadia de Westminster. O caixão foi trasladado neste domingo da casa da rainha-mãe em Windsor, onde ela morreu no sábado enquanto dormia, à Capela Real de Todos os Santos. O féretro permanecerá lá até terça-feira, quando será trasladado a Londres. Durante quatro dias o corpo da rainha-mãe ficará na Capela da Rainha, no Palácio de St. James, onde os membros da família real poderão apresentar seus tributos. Na sexta-feira o caixão será levado em procissão ao Parlamento e colocado sobre o mesmo catafalco utilizado quando foram prestadas honras de Estado ao rei George VI, em fevereiro de 1952. Na manhã do dia 9, o corpo da rainha-mãe será levado à Abadia de Westminster para o serviço religioso, às 11h30 locais, e depois voltará a Windsor, onde será sepultado. A morte da rainha-mãe ocorreu sete semanas após a de sua filha caçula, a princesa Margaret, de 71 anos, quando a rainha Elizabeth preparava as celebrações do 50º aniversário de seu reinado. Junto ao líder da época da 2ª Guerra Mundial, Winston Churchill, a rainha-mãe simbolizou a coragem do povo britânico. Adolf Hitler chegou a chamá-la de a mulher mais perigosa da Europa. A rainha-mãe manteve a família real unida durante sete tempestuosas décadas, desde a abdicação do rei Eduardo VIII, que levou seu marido ao trono, em 1936, até o divórcio de Charles e da princesa Diana, em 1996. "Realmente, perdemos nosso ser humano mais apreciado. A rainha-mãe não era apenas uma figura histórica, ela mesma era a história", disse o conde St. John de Fawsley, um de seus amigos mais próximos.

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