Entidades brasileiras se mobilizam em defesa dos palestinos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Entidades representativas de vários segmentos da sociedade civil, representantes de partidos políticos e de movimentos de defesa da causa palestina começam a discutir estratégias de mobilização contra os conflitos que estão ocorrendo no Oriente Médio e em defesa do Estado da Palestina. O diretor da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), João José Sady, informou que a OAB está extremamente preocupada com a situação no Oriente Médio: "A violência chegou ao extremo, é necessário que Israel cumpra a resolução da ONU e retire suas tropas e tanques de guerra do território que está ocupando." Sady destacou que a OAB defende uma solução pacífica para o conflito e, por isso, vai apoiar os atos que se realizarem com essa finalidade. O primeiro desses atos foi marcado para esta segunda-feira, às 19 horas, na Câmara Municipal de São Paulo. Outra entidade que criticou os ataques israelenses foi a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em comunicado oficial, o presidente da central, João Antônio Felício, considerou que é necessário "pôr um fim a essa estúpida guerra, unanimemente condenada pela ONU e pelos povos de todo o mundo". Felício, que reiterou estar falando em nome dos 21 milhões de trabalhadores que a CUT representa, lembrou que, se o Estado de Israel é um direito de seu povo, "os palestinos também têm direito ao seu Estado". Um dos dirigentes do Instituto Jerusalém e coordenador de imprensa do Comitê Brasileiro em Defesa do Povo Palestino, Halid Shukair, afirmou que o conflito que está ocorrendo no Oriente Médio não é uma guerra, mas sim um massacre. "No sábado, estava falando por telefone com minha avó palestina, de 84 anos, que mora perto de Ramallah (cidade onde Yasser Arafat está confinado) quando ouvi tiros ao fundo. Fui informado, por ela, de que os soldados israelenses estão atirando e destruindo tudo, como, por exemplo, as caixas d´água das residências", disse Shukair. E completou: "O que o exército israelense está fazendo é um verdadeiro massacre, prova disso é a retirada dos jornalistas do local dos conflitos." O dirigente do Instituto Jerusalém disse que a entidade está finalizando um documento com o balanço da situação no local, desde o início da intifada, há 18 meses. O documento, que está sendo elaborado com a ajuda de ONGs de todo o mundo e deverá ser concluído até o dia 10 de abril, mostra que o conflito já provocou a destruição de 300 mesquitas, 120 igrejas, 54 mil pés de oliveiras. Cerca de 84% dos mortos são civis. "É preciso que isso seja resolvido, pois as informações que temos é que a situação é grave e que os massacres podem se intensificar ainda mais."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.