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Entra em vigor veto a militares trans nas Forças Armadas dos EUA

No total, foram apresentadas quatro reivindicações contra essas proibições e vários tribunais impediram que a política entrasse em vigor até que a Corte Suprema americana decidiu o contrário

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou a aplicar nesta sexta-feira, 12, uma nova política promovida pela Casa Branca que impedirá que transgêneros se alistem nas Forças Armadas, apesar da medida ainda estar nos tribunais pendente de uma sentença definitiva.

Manifestantes protestam na frente da Casa Branca, em julho, depois de Trump anunciar o veto a Transgêneros nas Forças Armadas Foto: AFP PHOTO / PAUL J. RICHARDS

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O Pentágono conseguiu colocá-la em andamento nesta sexta-feira graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que autorizou em 22 de janeiro que essa nova política começasse a valer até que os tribunais chegassem a uma decisão.

O Departamento de Defesa afirmou que a medida não é uma proibição de transgêneros nas Forças Armadas e apenas impede que se alistem pessoas que desejem fazer a operação de mudança de sexo. A argumentação é de que dessa maneira as Forças Armadas "continuarão sendo as forças de combate mais letais e efetivas do mundo".

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em julho de 2017 que tinha a intenção de proibir todas as pessoas trans de servirem. A Defesa apresentou em março de 2018 uma legislação que estabelecia que as pessoas com "transtorno de identidade de gênero (...) ficam desqualificadas do serviço militar, exceto sob circunstâncias limitadas".

Apesar disso, não recomendava a expulsão dos membros das Forças Armadas que já tinham feito a operação de mudança de sexo e nem poderia ser implementada, uma vez que, além de gerar a rejeição de vários grupos sociais e parte do estado militar, foi novamente bloqueada pela Justiça, que considerou que se tratava de uma medida discriminatória.

Suprema Corte

O governo de Trump decidiu levar o seu veto ao Supremo em novembro para que se pronunciasse sobre a medida e argumentou que o bloqueio judicial forçou as Forças Armadas a manterem a política anterior, apesar de um relatório elaborado pelo Pentágono estabelecer que a incorporação de transgêneros "põe em risco a letalidade e eficácia militar".

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No total, foram apresentadas quatro reivindicações contra estas proibições e vários tribunais impediram que a política entrasse em vigor até que a Corte Suprema decidiu o contrário.

De acordo com a imprensa, não há números exatos do total de militares trans nas Forças Armadas americanas, mas estima-se que varie entre 2.150 e 15 mil pessoas (de um total de cerca 1,3 milhão de soldados). / EFE

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