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Enviado americano visita a China e discute míssil anti-satélite

Lançamento do míssil prova a necessidade das restrições, afirmou secretário

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário adjunto de Comércio dos Estados Unidos, Christopher Padilla, está na China para analisar futuras restrições americanas à exportação de tecnologia a empresas chinesas. A visita, que começou no dia 24 e vai até 30 de janeiro, passou a ter como tema central o recente lançamento de um míssil anti-satélite chinês. Padilla afirmou, num encontro com a imprensa na Embaixada americana, que o recente lançamento do míssil prova a necessidade das restrições, apesar dos protestos do governo chinês e das empresas de tecnologia americanas. "Fatos como este contribuem para a inquietação internacional sobre a capacidade militar da China e suas intenções", destacou Padilla. "A falta de transparência sobre o teste e a modernização do Exército chinês em geral contribui para as preocupações internacionais", acrescentou. O lançamento do míssil, que destruiu um satélite chinês obsoleto em 11 de janeiro, foi criticado por EUA, Japão, Coréia do Sul e União Européia, entre outros. O objetivo oficial da viagem de Padilla é explicar ao Ministério de Comércio chinês o projeto americano de aumentar as limitações às exportações de tecnologia, e discutir a medida com empresários americanos do setor. As novas limitações estabelecem a necessidade de obter licença de exportação para vender à China 47 tipos de produtos que podem ser usados com fins militares. Empresas chinesas de maior confiança, que tenham demonstrado não usar a tecnologia com fins militares, seriam dispensadas do pedido de licença. As empresas americanas do setor acreditam que as limitações podem levar os chineses a importar os produtos da União Européia. Os EUA se queixam continuamente do enorme déficit comercial que têm com a China, que chegou a cerca de US$ 230 milhões em 2006. Washington acusa Pequim de manter o iuane artificialmente baixo para beneficiar os exportadores chineses.

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